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Presidente da AUTI confirma apoio ao deputado estadual Reis (PT), em Itaquá

Líder da associação de transporte, disse que “vai correr junto” com o parlamentar que é pré-candidato a deputado federal 


Por Aristides Barros


Souza (esq) e o deputado Reis

O petista Jorge Souza que preside a Associação dos Usuários de Transportes Coletivos e Outros Serviços Públicos das Cidades do Alto Tietê (AUTI), com sede em Itaquaquecetuba, selou apoio ao deputado estadual Paulo Batista dos Reis (PT), que intenciona concorrer ao cargo de deputado federal, nas eleições de 2026.  “Tenho um grupo de apoio e as nossas conversas estão caminhando para esse sentido”, informou o parlamentar.   


A possível decisão de Reis de não disputar reeleição à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde cumpre seu primeiro mandato, não preocupa o presidente da AUTI. Para ele, outro mandato se torna mais necessário com Reis representando o estado no Congresso Nacional. 


“O Congresso precisa de deputados leais a São Paulo e ao Brasil”, afirma Souza, ao citar um político que está no exterior fazendo turismo conspiratório contra o país. “Não foi eleito pelos paulistas pra ferrar o estado e trair a pátria”, condena Souza.


Os dois petistas se conhecem desde 2000. Em 2022, Reis chamou Souza para ajudá-lo na campanha a deputado estadual. E ele não pode, pois estava em várias frentes de luta na AUTI. 


Reis foi eleito deputado e ambos os petistas continuaram a manter contatos. “Naquela não deu para trabalharmos juntos. Mas, agora vou ‘correr com ele’ nesse novo desafio”, concluiu Souza.


Souza é filiado ao PT de Itaquá desde de 1987. No ano seguinte à filiação - 88 - lançou candidatura a vereador para ajudar o partido, então recentemente fundado na cidade. E em 1999 presidiu o PT de Itaquaquecetuba. 


Luta pela melhoria no transporte público


Várias frentes de luta na AUTI

 Junto a outros companheiros, Jorge Souza fundou a AUTI em 1990. O trabalho que era voltado só às questões do transporte público em Itaquá passou para cidades vizinhas. A AUTI reivindica melhoria geral no funcionamento da atividade, essencial à população.


Após “espalhar” a atuação da AUTI pelas nove cidades do Alto Tietê, a diretoria ampliou o leque de trabalho, estendendo a várias áreas do serviço público: saúde, educação, segurança, lazer e outros. 


“Uma luta chama outra e foi preciso ampliar o trabalho para participar delas, no tempo e modo certos. Uma nunca é igual a outra, cada área tem um tipo diferente de abordagem. Mas no geral a luta visa sempre tentar soluções ao que o povo reclama”, disse Souza. 


Ela fala que ao longo dos anos a AUTI colhe vitórias e frustrações. O trabalho da entidade exige muita conversa para soluções de problemas, que têm de partir de três esferas de poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. 


“Algumas coisas conseguimos e outras não. As mais difíceis são as que dependem de decisões de prefeituras ou Câmaras Municipais”, falou o presidente.


“Se os gestores públicos se mostram a favor do povo, as soluções chegam até para problemas complexos, e quando é o contrário até situações simples ficam não são resolvidas”, comentou. 


Nessa parte Souza diz. “Aí somos obrigados a acionar o Judiciário, por meio do Ministério Público”. Ele falou que precisou acionar a Justiça poucas vezes para os trabalhos da AUTI. “Os bons gestores não gostam de ter seus nomes nos tribunais, já os maus não se importam. Mas, quando o martelo do juiz desce a pancada aí gemem", concluiu. 



Entidade tem um "exército" de colaboradores

A região do Alto Tietê é formada por nove municípios e em todos eles têm, ao menos, um núcleo com pessoas ligadas à entidade, todas trabalham voluntariamente para a entidade.


Os voluntários coletam informações acerca do funcionamento do serviço público e a AUTI faz ações reivindicatórias nos que são os maiores alvos de reclamações, por parte da população.


"Saúde e segurança são áreas campeãs de reclamação", afirma o presidente. De posse das informações ele procura os órgãos competentes para, ao menos, tentar mitigar os problemas.


"A participação do povo movimenta o nosso trabalho. Ele tem de ser bem atendido no serviço público, porque seus impostos que pagam por isso e, inclusive, paga os salários das pessoas que devem atender bem a população", concluiu o presidente da AUTI.

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