Grávida, a esposa se desesperou ao ver o marido desmaiado com a boca espumando e o corpo contorcendo violentamente
Por Aristides Barros
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| Hospital já é famoso |
O jovem casal L.C.A., 25 anos e C.P., 24, viveu horas de horror na tarde de sábado (18) no Hospital Municipal de Bertioga. Marido e esposa foram ao local para que ele fosse medicado, pois estava com fortes dores de cabeça. A mulher está no segundo mês de gestação e, solidária, acompanhou o marido.
As dores de cabeça do homem e a gravidez da mulher correram maiores riscos depois que L deu entrada no PS e foi para o atendimento. Uma médica atendeu o paciente e após examiná-lo o encaminhou para o setor de medicação. Foi receitado a aplicação de Dipirona e Ondansetrona e Soro.
Logo na aplicação dos medicamentos L parece ter sido nocauteado. “Quando o remédio bateu nas veias ele desmaiou”, disse a mãe sendo informada pela nora o que estava acontecendo com eles no hospital. “Eu tinha ido para Guarujá, nem desci do carro e voltei imediatamente pra salvar meu filho”, falou evidenciando o forte espírito materno.
A mãe do paciente disse que a nora perguntou porque o marido desmaiou e a enfermeira respondeu. “Acho que a pressão dele caiu”. Nisso um funcionário que estava próximo tripudiou. “Se a pressão caiu é só levantar”.
“Desmaiado, meu filho convulsionou e minha nora que está grávida entrou em desespero, ao ver ele se entortar todo e com a boca espumando. Ela passou por momentos horríveis”, sentiu.
Pediram que a esposa saísse do local e pouco depois a sogra chegou, com outros familiares. “Pegamos ele e levamos para casa, ainda estava muito atordoado”, contou a mãe. Os parentes levaram documentos da unidade de saúde que podem indicar um suposto erro médico.
Medicação forte
A suspeita é porque a Ondansetrona - medicação dada a ele - é ministrada a pacientes em tratamento de câncer para cessar as crises de vômitos após as sessões de quimioterapia e radioterapia. Segundo a família, L teria sido diagnosticado com dengue. Oncologistas afirmam que a Ondansetrona é muito potente e deve ser ministrada conforme a necessidade do paciente.
Familiares dizem que não vão acionar o hospital na Justiça, mas falam que a unidade de saúde precisa contratar profissionais experientes que não ponham a vida das pessoas em risco. “É surreal você contar o que parece um caso de uma pessoa que conseguiu escapar com vida de um hospital”, concluiu a mãe.
Nota da redação - Apesar dos envolvidos no episódio serem adultos seus nomes não foram revelados - e outros não identificados - a pedido dos familiares.
Eles solicitaram apenas para registrar o ocorrido porque o ocorrido não pode se repetir e a população de Bertioga “já conhece a fama do hospital. Infelizmente outros pacientes não tiveram a mesma sorte de L que, ajudado por Deus, saiu vivo do local”.

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