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Advogado agredido por agentes da Prefeitura de Bertioga diz ser alvo de uma perseguição implacável

O caso foi levado às subseções representativas dos profissionais forenses, OAB de Bertioga e de Santos e chegou aos corredores da Câmara Federal, em Brasília  


Por Aristides Barros / Efeito Letal



Advogado apela para que cessem a perseguição

O advogado e empresário João Xavier dos Santos Neto, 40 anos, estaria tendo seus movimentos “vigiados”  por funcionários públicos municipais. A “campana” seria uma estratégia para que ele pare de denunciar supostas falhas da administração bertioguense. O profissional forense usa suas redes sociais para isso, e esse seria o motivo de entrar na mira do governo.  


Ele torna público algumas ocorrências negativas registradas em várias areas administrativas entre elas trânsito, segurança, saúde, educação e outros. O material chega ao advogado por meio de vídeos entregues por fontes anônimas, que ficam ocultas por temerem represálias. 


O risco é real, “não é coisa de paranoico”. O próprio advogado recentemente se viu atacado por um verdadeiro pelotão de servidores públicos, fiscais e GCMs. O grupo “invadiu” sua propriedade no Centro e iniciou o tumulto, distribuindo socos e sprays de pimenta em quem surgisse pela frente. 


Violência gera violência


 

O turista e o menino que foram mortos, e o advogado 

A violência sofrida pelo advogado foi seguida de mais violência, que aconteceu em efeito dominó na cidade. Quase simultâneo à agressão contra ele, uma criança foi atropelada e morta no bairro Vista Linda e um turista foi assassinado a tiros de revólver na praia do Indaiá.


Destaca-se que o índice de criminalidade de Bertioga é baixo em comparação ao registrado em  Santos e Guarujá, ambas cidades vizinhas. Manter ele nessa “estaca” é a ideia do advogado quando usa as suas redes sociais como instrumento de denúncia e de alerta. 


De vítima a culpado - O advogado mostra uma situação inversa na cidade de Bertioga, acontecida com ele, que coloca o denunciante no centro da culpa do caso denunciado. “Você mostra o problema pra prefeitura ver e resolver, ela não resolve e se volta contra você, que passa ser o problema”, afirma e argumenta. “A ‘lei do silêncio’, pode fazer que casos iguais ao da criança, do turista e outros continuem acontecendo, ajudados pela mentira de que tudo vai bem na cidade”.


A violência extrema dos dois episódios mortais e outras situações negativas, que precisam ser concertadas em Bertioga, e são elencadas por João Xavier como ingerência, abuso de poder e arbitrariedade, fazem o advogado disparar. “Não vão me calar, não vão me calar”.


Ele é firme na sua posição defensiva. Já outros sentiram o ocorrido com o advogado como uma espécie de “recado”. Um cidadão perguntado sobre um tema, que é alvo de futura reportagem do Efeito Letal respondeu. “Não vou falar porque aconteceu uma ‘coisa’ com uma pessoa aí que é bom a gente ficar quieto sobre determinados assuntos de Bertioga”. Isso indica que, aparentemente, a “lei do silêncio colou”.


Apelo ao cessar-perseguição



 

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