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JORNALISTANDO

BERTIOGA CICLONADA 



O ciclone extratropical que varreu Bertioga durante toda a segunda-feira (28) foi um dia de caos e fúria para alguns dos moradores que sentiram a força da natureza e da fraqueza humana de algumas pessoas e as deficiências de uma administração, que ainda está longe do caminho certo para governar a cidade, e busca encurtar essa distância na produção de vídeos mostrando uma realidade muito aquém da enfrentada pelo município. Vídeos não resolvem os dramas da cidade, que precisa de menos câmera e mais ação. 


VENTO FORTE, ADMINISTRAÇÃO FRACA 


Os fortes ventos sobre Bertioga durante toda a segunda-feira (28) lançaram uma pequena fração da potência da natureza contra a gestão impotente em dar respostas rápidas aos bairros centrais e periféricos afetados. Na noite de terça-feira (29) vários deles seguiam sem energia elétrica, face à queda de árvores nas fiações e até de postes que se partiram. A Neoenergia, “dona” do serviço, mostrou-se sem força, e o povo, ao Deus dará, rezava para Ele dizer novamente: “Faça-se a luz”.


DESLEIXO E FERIMENTO

 

Helenita Fernandes dos Santos, 60, sofreu um corte profundo na perna esquerda provocado, em parte, pela queda de árvore, cujo entulho afiado ficou exposto na calçada, levando ao acidente. Tirou o carro da garagem e ao sair para fechá-la sofreu a lesão. A equipe removeu a árvore, mas não o entulho. “Nita” pretende ser indenizada pela prefeitura: avalia que caiu em uma armadilha. O acidente aconteceu na rua Henrique Montez, no Centro de Bertioga. 


HOMENS TRABALHANDO


Na segunda (28), às 7:00 horas, a equipe da Secretaria de Serviços Urbanos acompanhada pelo engenheiro Fabrício Alves, 36, começou a desobstruir as ruas centrais que registraram quedas de árvores. Eram 16 horas e a equipe já tinha atendido 13 chamados. E havia muitas ocorrências para trabalhar. Na esquina do Posto Ipiranga, a equipe retirou uma árvore que ao cair danificou um muro residencial, não houve feridos.


O TETO DO IPIRANGA 


A estrutura metálica do posto de combustível não suportou os ventos do ciclone extratropical e foi comprometida. Com o teto quase vindo abaixo, o local foi isolado e o posto interditado pois havia risco para funcionários e clientes. Primeiro a segurança, depois o lucro: uma decisão certa para casos críticos, mas que não seguida pelo Departamento de Trânsito, ligado à Secretaria de Segurança e Mobilidade de Bertioga, que multa sem dó, nem piedade, faça sol, chuva ou ciclone.


SAIU DO PERIGO E ENTROU NA MULTA 


Na Vista Linda, a advogada Maristela Vieira deixou o carro numa rua próxima porque a sua foi “invadida” por galhos de árvores e um poste, que partiu ao meio. “Ventava muito e os fios estavam pelo chão. Entrei e tirei muitas folhas do quintal de casa. Ao voltar para “pegar” o carro vi a multa no parabrisa. A situação era de risco, me revoltou ser multada não pelo valor mas pelos pontos na carteira”. Ela vai recorrer da infração do órgão que sintetiza: 1º o lucro e depois a vida. 


MORDIDA E FUGA SEM PRESTAR SOCORRO 


O idoso Geraldo Corintiano foi atacado por um cão que mordeu sua perna direita. O ataque foi na terça-feira (30) em um posto de combustível,  no Centro. Ao tentar conversar com a tutora do animal, identificada por Thaysi - professora de inglês - ela colocou o animal no do carro e saiu em desabalada carreira, tomando rumo ignorado. “Perdi o dia de trabalho porque não posso subir escadas, quero ver ela para pagar o meu dia parado e o curativo do ferimento”, disse ele.



PROTESTOS CHEIOS DE ENERGIA 


Em bairros que seguiam sem energia até esta quarta-feira (30), o povo revoltado partiu para ações mais severas, como no Sítio São João onde jogaram pneus na Rio-Santos, com a interdição da rodovia visando que fosse religada a energia elétrica na localidade. Em pontos do Jardim Paulista moradores também fizeram a queima de objetos em uma da ruas do bairro para que o serviço fosse restabelecido. A revolta inflamadas da população teve efeitos positivos. 


+ E MELHOR ATENDIMENTO NA SAÚDE 


Um dos fortes nomes defensivos da saúde de Bertioga, Dr João Paulo está otimista quanto ao resultado de sua reivindicação para a melhoria das condições de trabalho dos profissionais da área feita ao MP, e que deve ser respondida pela prefeitura. O pedido visa a melhor funcionalidade do setor de saúde para melhorar o serviço à população, que precisa de atendimento de bom nível e de boa qualidade.


ELE É O CARA  


O Litoral de SP briga contra a instalação de pedágios nas rodovias das cidades litorâneas. E não é recomendável “sair” ao lado do idealizador da medida indigesta para a população caiçara. Porém, a mídia, inclusive está Coluna, traz rostos alegres e felizes enquanto o povo está p da vida com os p… que encarecerão o custo de vida aumentando preços das mercadorias que circulam pelas pedagiadas rodovias litorâneas. Dá-lhe!!! Tarcisão. Bertioga também vai sofrer muito com a medida. 

 

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