Pular para o conteúdo principal

Sindicato triunfa: Câmara aprova o fim do desconto de 14% nos salários de aposentados e pensionistas

Para os sindicalistas, a sexta-feira foi um dia histórico para a categoria que era esmagada pelo desconto salarial


Por Aristides Barros (*matéria publicada em 31/05/25)


Jorjão falou aos vereadores sobre a importância da queda do desconto


O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bertioga (SSPMB), Jorge Guimarães, o Jorjão comemorou o desfecho de uma luta que vinha sendo travada já há três anos, quando passou a vigorar a Lei Municipal 167/28/2021, que foi revogada na última sexta-feira (30). 


A lei que impunha um desconto de 14% sobre os salários dos servidores inativos (aposentados e pensionistas) “caiu”, mediante os votos e aprovação da totalidade dos vereadores da Câmara de Bertioga, que é formada por 11 parlamentares. 


O Projeto de Lei 07/2025 que fez o desconto ruir partiu de uma negociação entre o Sindicato dos Servidores e a Prefeitura de Bertioga. Posteriormente a isso, o Executivo encaminhou o projeto ao Legislativo que “desceu o machado  no desconto abusivo”, segundo entendiam os dirigentes sindicais.  


Findada a votação na, sindicalistas e um grupo de servidores, entre eles aposentados e pensionistas que acompanharam a sessão, passaram a comemorar a vitória, surgida depois de uma longa batalha sindical, que foi brigada com insistência pelo Sindicato da categoria.


Conforme o presidente do sindicato, durante três anos houve intensas negociações e várias tentativas visando sensibilizar o governo anterior sobre a situação dos aposentados e pensionistas, que são massacrados com o peso e os danos do desconto injusto. 


“As reuniões eram tensas e o ex-prefeito era irredutível”, relembrou Jorjão. “Mas, quando você fala sobre injustiça com quem é justo, a coisa toma outro rumo. E é por isso que hoje, finalmente, acontece a vitória do funcionalismo municipal de Bertioga”, desabafou. 


"Governo que conversa com os servidores ajuda a cidade", afirma sindicalista


Após a aprovação aconteceu uma rápida comemoração


Jorjão teceu comentários positivos acerca da atual gestão da cidade no tocante a abertura de conversação com os dirigentes sindicais. Ele elogiou a postura do atual chefe do Executivo bertioguense, que mudou totalmente a relação antes estremecida.


“O prefeito Marcelo Vilares não demorou a receber o Sindicato para discutir e fecharmos a questão. Com o outro durou três anos e nada, e com ele que estava no governo há apenas três meses tudo foi resolvido. Hoje a Câmara oficializou o que já tinha sido acordado entre o Sindicato e o atual prefeito, que é um cara do diálogo. É assim que todo ser humano tem de ser, aberto à conversa ”, alfinetou.


Ao final da sessão aconteceu uma rápida confraternização marcada por apertos de mãos, abraços, sorrisos largos e rostos aliviados, com os dirigentes sindicais estampando na face a sensação de dever cumprido na defesa feroz dos direitos da categoria.


Jorjão fez questão de ser fotografado com todos os vereadores presentes. “Nesse momento, eles estão sendo muito importantes para a categoria, é justo que todos apareçam”. Indagado sobre a conquista, ele se mostrou plenamente satisfeito, no entanto alertou que o Sindicato nunca baixa a guarda. “A luta continua”. finalizou. 





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Expulsos pelo DER e abandonados pela Prefeitura de Bertioga

Famílias que vivem em Bertioga muito antes dela ser cidade são despejadas sem o menor respeito aos caiçaras   Por Aristide Barros Moradores estão à espera de soluções Ao menos cinco famílias, totalizando cerca de 13 pessoas - entre elas homens, mulheres, crianças e idosos, alguns deles com problemas de saúde em razão da idade avançada - lutam pelo direito a ter onde morar.  A luta é contra a Prefeitura de Bertioga e começou quando o Departamento de Estrada de Rodagem de São Paulo (DER) via reintegração de posse desabrigou as famílias que moravam (pasmem) embaixo de uma ponte na Rodovia Rio-Santos, que passa sobre o Rio Guaratuba.  O órgão estatal as tirou do local no dia 16 de setembro deste ano e a administração municipal bertioguense “dorme tranquila” sem dar nenhuma resposta sobre onde elas vão poder morar.  Diante da impotência das duas esferas de governo - estado e município - em oferecer o que tiraram delas: um local digno para viver, tão logo foram despej...

Bertioga não tem uma boa educação

Educação não se mede pelo IDEB  Por Claudemir Belintane (*) Professor universitário faz alerta para comunidade estudantil - Foto: Tânia Rego  / Agência Brasil Nas eleições municipais deste ano, muitos prefeitos afirmavam que em suas gestões a educação teria avançado bastante e citavam o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Município, que teria alcançado ou superado a meta prevista. Infelizmente o povo e às vezes até mesmo educadores não entendem que o IDEB é um índice geral muito precário e que não serve para indicar avanços qualitativos no panorama nacional, estadual ou regional da educação. Além de não servir como parâmetro e avanços nem em Língua Portuguesa, nem em Matemática, o IDEB é também muito fácil de ser fraudado ou mesmo manipulado. Então, como nós, cidadãos, podemos saber se uma rede escolar ou a educação de um município vai bem? O teste é simples e objetivo, você mesmo pode fazer. Vamos lá!? Tomemos como exemplo o município de Bertioga e vejamos ...

Sancler: “primeiro o vereador tem de se fiscalizar para depois fiscalizar o prefeito”

O pré-candidato defende um Legislativo atento às próprias ações para ter condições morais de exercer o poder fiscalizador sobre o Executivo Por Aristides Barros Para Sancler ações da Câmara "espelham" a prefeitura Pessoas honestas cobram honestidade. Esse é o entendimento do pré-candidato a vereador Benedito Sancler Teles dos Santos (PT), o Sancler, sobre o que ele acredita ser determinante para uma relação saudável entre Legislativo e Executivo, com a positividade dela gerando bons trabalhos para a cidade.  “Bertioga e a sua população deveriam ser os maiores beneficiados pelas ações da Câmara e da prefeitura, ser o alvo principal de tudo o que for pretendido pelos vereadores e prefeito. Não tem sido assim, a cidade carece de políticas públicas e a falta delas penaliza ainda mais as pessoas e as famílias em condições de vulnerabilidade”, afirma o petista.  “Então, a gente precisa construir políticas públicas, ouvir o povo, levar as necessidades dele ao prefeito, que é a pesso...