sexta-feira, 29 de março de 2024

Mulher morre vítima de bala perdida em ação da PM, a violência foi em Santos

Ela se torna mais uma das dezenas de vítimas mortas em supostos confrontos com a Polícia Militar que realiza uma operação sangrenta na Baixada Santista 

Por Walmir Barros


Edneia, vítima de bala perdida deixa órfã seis crianças  (Arquivo pessoal)


Mãe de seis crianças, Edneia Fernandes Silva, de 31 anos, morreu atingida por uma bala perdida na cabeça. A violência aconteceu em Santos e segundo a versão da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) a mulher teria sido atingida em um confronto entre PMs e suspeitos. 


A família da vítima discorda da versão do estado. Uma das primas de Edneia disse que não houve troca de tiros, apenas um disparo dos policiais. Edneia foi baleada por volta das 19 horas de quarta-feira (27) quando estava na Praça José Lamacchia, localizada no bairro Bom Retiro. Levada ao hospital ela ficou internada e morreu na noite de quinta-feira (28) 


A bala que matou Edneia destroçou seus familiares, todos estão devastados. Segundo relatado por Thayna Santos, prima da vítima, ela tinha deixado um dos seis filhos no barbeiro e foi conversar com uma amiga quando foi mortalmente ferida. 


Thayna criticou a versão da PM dizendo que é mentira que teria ocorrido troca de tiros, Conforme ela três motos da Rocam passaram e um único tiro teria partido de um dos  policiais motorizados. 


Depois do tiro, testemunhas socorreram a mulher e a levaram para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste e posteriormente foi transferida para a Santa Casa de Santos.


A prima da vítima acrescentou que os moradores das comunidades querem viver em paz e criar os filhos com dignidade, destacou que “a polícia deveria proteger a população e não destruir a vida de inocentes. 


Thayna completou. Não é justo tratarem as famílias da comunidade como lixo, como se fôssemos bichos". O desabafo faz eco com outras vozes de moradores das cidades da Baixada Santista onde acontece uma violenta e desenfreada operação policial que já resultou em aproximadamente 60 mortos em dois meses de verdadeiro ataque estatal. 


Por meio de nota, a SSP-SP informou que todas as circunstâncias relativas aos fatos são rigorosamente investigadas pelo 5º Distrito Policial de Santos e pela Polícia Militar, que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM).


Na ocasião, exames periciais foram solicitados e, tão logo os laudos sejam concluídos, serão remetidos à autoridade policial para análise e esclarecimento do caso.


Conforme a SSP, as forças de segurança do estado são instituições legalistas que operam estritamente dentro de seu dever constitucional, seguindo protocolos operacionais rigorosos. Ainda de acordo com a Secretaria, as corregedorias estão à disposição para formalizar e apurar toda e qualquer denúncia contra seus agentes.


Avesso às investigações da SSP, órgãos e entidades ligadas aos direitos humanos levaram os casos de violência policial na Baixada Santista para a Organização das Nações Unidas (ONU), para que órgãos internacionais acompanhem o que vem  acontecendo no Litoral de São Paulo.


Governador sobre a violência policial: “Não tô nem aí” 



Tarcísio de Freitas já afirmou que mortes em operação é um efeito colateral (Getty Images) 


O próprio governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da  ONU. Quando foi indagado por jornalistas sobre a situação o governador tripudiou respondendo “Não ‘tô’ nem aí”


Tarcísio de Freitas é o responsável pela ação mais letal da PM paulista.  Também foi protocolado junto à Organização das Nações Unidas o pedido para que os policiais militares façam o uso obrigatório das câmeras corporais. 


Na delegacia - De acordo com a versão dos policiais da Rocam, eles faziam patrulhamento em motos pela Avenida Hugo Maia, sentido Jovino de Melo, quando viram uma motocicleta em alta velocidade entrando na avenida. Pediram ao motociclista que parasse, mas o piloto não obedeceu, fugiu e entrou na praça.


Para se resguardar, a equipe da PM parou de acompanhar o veículo e ficou parada no cruzamento da Avenida Hugo Maia com a Jovino de Melo. Neste momento, segundo o boletim de ocorrência, o motociclista e o garupa teriam atirado aproximadamente cinco vezes em direção aos agentes.


Um dos PMs reagiu e efetuou um tiro contra os suspeitos. Em seguida, os homens abandonaram a moto e correram em direção ao beco da praça, disparando mais cinco vezes. Os policiais fizeram o retorno pela Rua Washington de Almeida e acessaram a praça pelo lado oposto.


A moto foi encontrada sem a chave na ignição. Em pesquisa no sistema, a equipe constatou que não havia queixas de crimes envolvendo o veículo. Durante essa consulta, eles foram informados por testemunhas de que a mulher em questão havia sido baleada e socorrida.


No baú da moto, a PM encontrou um conjunto de capa de chuva preto, um boné vermelho e um carregador de celular. Também foi requisitada perícia para o local e exame residuográfico para as mãos do PM que fez o disparo. A pistola dele também foi apreendida.


O caso foi registrado como homicídio tentado e localização e apreensão de veículo na Central de Polícia Judiciária de Santos. Os suspeitos não foram encontrados. O veículo abandonado foi encaminhado para as dependências do 7º Distrito Policial.


quinta-feira, 28 de março de 2024

Dr João Paulo fala sobre a profissão e mudanças na carga horária de trabalho na Saúde de Bertioga

Ele levou à Câmara de Bertioga o debate propondo a alteração de horários para melhorar a produtividade e o atendimento a pacientes

Por Walmir Barros

 


Dinanimização no atendimento a pacientes e também nas condições de trabalho dos profissionais da área


O fisioterapeuta João Paulo Paulo Fernandes Filho,o Dr João Paulo, atuante na rede municipal de saúde de Bertioga traz informações sobre a profissão que abraçou e do trabalho que deixou na Câmara de Bertioga que prevê a reorganização da carga horária de trabalho de alguns segmentos da área de saúde, visando que ao tempo que os profissionais não fiquem à espera de pacientes, os pacientes também não fiquem por muito tempo à espera de atendimento.


Assista ao vídeo





domingo, 24 de março de 2024

Prefeito “empurra” funcionalismo mogiano para a greve

Irredutível em atender a reivindicação dos servidores, prefeito tende a usar a lei eleitoral como escudo contra pedidos da categoria

Por Walmir Barros

Servidores podem decidir pela paralização diante do insucesso com a prefeitura


Os servidores públicos municipais de Mogi das Cruzes (SP) rejeitaram durante assembleia, realizada quinta-feira (21) no Sindicato da categoria, a proposta da prefeitura que quer conceder apenas 3,15% de reajuste salarial.


Com a nova rejeição da proposta, o funcionalismo mogiano que está há 15 dias em estado de greve poderá consumar o movimento, deflagrando a greve.  


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes e Guararema (Sintap), Paulo Ricardo Alves Ramalho, 53 anos, o Paulinho, disse que o Sindicato vai apoiar qualquer decisão que a categoria tomar.  


O Sintap vem realizando as conversações com a prefeitura, e a posição da entidade de classe nesse sentido é clara. “Além de 3,15% que os servidores têm garantido pelo artigo 37, inciso X, foi sugerido dividir em duas vezes os 5,64% que a categoria tem de perdas, em razão da lei complementar 173. Pagando 3,5% agora e 2,14% em janeiro.  Iniciar a transposição de regime aos mais de 1000 servidores regidos pela CLT”. Os servidores também pedem extensão de benefícios, entre eles o vale-alimentação, fracionamento do vale-refeição e reposição inflacionária.


De acordo com Paulinho, o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, vai se escudar na lei eleitoral para agir contra a categoria. O dirigente sindical explicou que a partir do dia 5 de abril, a lei eleitoral determina que gestores públicos ficam impedidos de lançar benefícios à categoria além da reposição salarial.


Caio Cunha estaria sendo orientado por seus assessores para "esticar" as negociações até essa data para, depois dela, dar o que seria o tiro de misericórdia na pretensão dos servidores.   


Prefeitura é derrotada nos votos, mas quem perde são os servidores 


Um total de 395 servidores participaram da votação que foi secreta, e onde houve nova derrubada da proposta da prefeitura. Foram 330 votos contra e 65 votos a favor.


A prefeitura sofreu uma derrota esmagadora, mas quem perdeu foi a categoria que não teve a sua reivindicação atendida.  


O Sintap vem conversando por meio de aplicativo de mensagem, com os servidores que devem decidir pela realização, ou não, de nova assembleia  ainda nesta segunda-feira (25) para definir se o sai do estado de greve para a deflagração da greve. 


No estado de greve os serviços públicos funcionam com os servidores indo aos seus postos de trabalho e se revisando em participação de passeatas, assembleias de trabalhadores e outros tipos de manifestação. Numa possível deflagração de greve quase todos os funcionários aderem à paralisação total das atividades. 


“Vamos apoiar qualquer decisão da categoria”, reiterou o dirigente sindical. “A paralisação não seria viável principalmente para a sociedade mogiana. Porém, caso não tenha diálogo, o prefeito terá que conviver com o movimento”, finalizou o dirigente sindical. 


quinta-feira, 21 de março de 2024

Estudantes avaliam que mensalidade do transporte custa os olhos da cara e deveria ser gratuito

A Aetub é o motivo da “revolta académica” com alunos ameaçando denunciar a suposta “exploração” ao MP Por Walmir Barros


Associação é críticada devido valor de taxas serem considerados absurdos

A Associação dos Estudantes Técnicos e Universitários de Bertioga (Aetub) é duramente criticada por alunos que se dizem explorados pela entidade que estaria cobrando mensalidade com valor abusivo para transportar estudantes às respectivas unidades de ensino, a mensalidade já chegaria em torno de R$ 400, 00. O itinerário das “linhas estudantis” são as universidades de Guarujá, Santos e Mogi das Cruzes, e a empresa contratada para o serviço é a Nova Aldevan Eirelli ME.

Destaca-se que a Nova Aldevan seria a mesma empresa que realiza o transporte de pacientes para a Secretaria de Saúde de Bertioga. A reportagem teve acesso ao contrato mantido entre a empresa e a Prefeitura de Bertioga para a prestação desse serviço, cujo valor é de R$ 2 milhões. Já para o transporte de estudantes, a reportagem teve acesso ao contrato firmado em 2023 - entre a Aetub e a Nova Aldevan, que à época era de R$ 121. 600, 00.

Seguida à reclamação, eles ponderam que a Prefeitura de Bertioga que “banca” parcialmente o transporte estudantil, repassando verba para a Aetub, poderia pagar o serviço integralmente.

Para exemplificar, os estudantes destacam a postura da Prefeitura de São Sebastião, que patrocina integralmente o transporte, concedendo gratuidade aos estudantes sebastianenses.

A maioria das reclamações partem de estudantes bolsistas que já dão “duro” trabalhando para a própria sobrevivência e precisam comprar livros e outros aparatos para os respectivos cursos, e ainda são “açoitados sem dó” pela fustigante mensalidade cobrada pela Aetub.

Os mais exaltados e mais afetados pelo alto valor da mensalidade de transporte estudantil já intencionam levar o caso à Justiça, argumentando que o Governo Federal lança programas destinados a facilitar o ingresso das pessoas nas universidades enquanto “uma entidade consegue dificultar a permanência das pessoas no ensino superior”.

Isto porque têm estudantes admitindo que já estão em vias de “trancar as matrículas" por não conseguir pagar o transporte. Embora saibam que o estudo é fator decisivo para a conquista de melhores oportunidades, colocam a luta diária pela sobrevivência como prioridade.

Cobrança classificada de abusiva pode levar o caso aos tribunais

Pais de alunos, alunos ou até amigos de estudantes ameaçam levar a causa ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio de uma ação civil pública contra a prefeitura bertioguense, visando a gratuidade no transporte.


A ideia em ter o MP como aliado seria para que o órgão avalie, mediante estudo, a possibilidade da prefeitura bertioguense “bancar” o pagamento integral do transporte dos universitários, a exemplo da Prefeitura de São Sebastião. O MP faria o apanhado da situação encaminhando a proposta à Justiça.

Enquanto levar o caso aos tribunais é só uma hipótese, os estudantes seguem a vida com a corda no pescoço. A reportagem falou com um grupo de alunos que pediu para não ter os seus nomes divulgados, pois temem algum tipo de represália.

Uma universitária que estuda em Mogi das Cruzes disparou. “Eu acho o valor da mensalidade um absurdo. Você já se viu pagar uma fortuna pelo transporte até a faculdade, enquanto deveria ser um direito garantido pelo município. Infelizmente, essa realidade é enfrentada por muitos estudantes em Bertioga. Com o aumento inesperado das tarifas de ônibus, o peso financeiro sobre os nossos ombros só aumenta”, falou.

"É uma situação alarmante e que precisa de solução urgente. Enquanto isso, em São Sebastião, a prefeitura reconhece a importância do acesso fácil à educação e assume o custo do transporte para os alunos. Por que Bertioga não pode seguir esse exemplo?” indagou.

“Nós, estudantes e cidadãos de Bertioga, não podemos mais ficar de braços cruzados diante dessa injustiça. Precisamos exigir que a prefeitura assuma a responsabilidade de garantir o transporte acessível para todos os estudantes”, bradou.

“Não podemos permitir que os altos custos ou os perigos nas ruas noturnas impeçam o acesso à educação. Porque à noite a situação se torna ainda mais preocupante. Fazer baldeação na avenida principal pode ser perigoso, especialmente para os estudantes que precisam voltar para casa após as aulas, precisamos de transporte acessível e seguro para todos”, finalizou a estudante expondo, também, o risco à segurança.

Outra aluna que também estuda em Mogi das Cruzes detalhou. “Eu comecei a utilizar o transporte da Aetub no ano passado. Cobravam o valor de R$345,00, era um valor até razoável. Mas, sempre foi salgado para quem tem de pagar aluguel, custo de vida e a faculdade. No primeiro ano, pelo menos para mim não houve um reajuste somente a taxa de cadastro e recadastramento que eles cobram o olho da cara. É um valor absurdo para quem já é associado”, comparou.

“Esse ano o valor foi para R$ 395,00 fora o recadastramento que foi a R$ 340,00. Agora eles querem aumentar para R$ 406,00. Isso é um absurdo, pois no segundo semestre terá um novo reajuste, fora o recadastro que cobram o valor de 340,00. A maior insatisfação, pelo menos da minha parte, é que a maioria dos estudantes sentem que não têm a ajuda de custeio pela prefeitura”, lamentou.

“Enfim, a prefeitura poderia ajudar mais ou até mesmo cobrir o valor inteiro, como a prefeitura de São Sebastião. Lá os alunos não pagam, eles usam o transporte gratuitamente, isso facilitaria muito para nós também. Acredito que a Prefeitura de Bertioga tenha o valor para cobrir o custo total”, finalizou.
Um universitário que estuda em Santos foi mais econômico nas palavras. “Eu acho um valor muito alto e abusivo baseado nos anos anteriores onde o valor era consideravelmente mais baixo. E agora, ao longo desse tempo, não percebi mudanças notáveis no transporte. Aumentou o número de alunos, e isso deveria ter ocasionado na redução do valor da mensalidade”, disse.


Para os estudantes a prefeitura poderia ajudar concedendo a gratuidade

A reportagem indagou a Aetub e a Prefeitura de Bertioga (foto) e ambas responderam as questões acerca do transporte de estudantes. As respostas da administração municipal seguem abaixo.

EL - Qual é o valor e forma de repasse (mensal, anual) que a Prefeitura de Bertioga repassa para a AETUB?

Prefeitura - Em 2023 - R$ 2.031.335,70, sendo R$ 92.446,68 referente à queda de barreira da rodovia Mogi-Bertioga. E em 2024, R$: 196.251,15 (mensalmente).

EL - A AETUB tem de noticiar a Prefeitura de Bertioga sobre a aplicação desse subsídio, ou seja, que está pagando a empresa contratada para a realização do serviço?

Prefeitura - A Prefeitura de Bertioga custeia 54% das despesas exclusivas com transporte dos alunos. E mensalmente a entidade deve prestar contas do dinheiro aplicado exclusivamente com transporte (empresa prestadora de transporte público)

EL - Existe algum impasse financeiro entre a AETUB e a Prefeitura de Bertioga?

Prefeitura - Nenhum impasse entre a entidade e a prefeitura. Atualmente é repassado à AETUB o valor de R$: 196.251,15 mensalmente. E, a prefeitura está em dia com os repasses, compreendendo a necessidade dos estudantes associados a entidade.

EL - Os estudantes citam que a exemplo da Prefeitura de São Sebastião, que paga integralmente o transporte de estudantes universitários sebastianenses, a Prefeitura de Bertioga também poderia pagar de forma integral o transporte de estudantes universitários bertioguenses. Por que a Prefeitura de Bertioga não adota a mesma postura da cidade vizinha nessa questão estudantil?

Prefeitura - Neste quesito, a prefeitura deverá analisar as condições da legislação igente, considerando as especificidades do ensino superior.

Associação dos estudantes - Em nota a Aetub respondeu que possui um convênio com a Prefeitura de Bertioga, devido a este convênio, é repassado mensalmente para a Aetub R$196.251,15 fixos de fevereiro a dezembro. Se a Associação atender 300 ou 500 associados, este valor repassado será o mesmo independente da quantidade de associados.

Todos os meses é prestado contas para a Prefeitura de Bertioga e para Secretaria de Educação de Bertioga para demonstrar para qual finalidade e para onde está indo o dinheiro que é repassado por eles.

A Aetub diz que até o momento não há nenhum impasse financeiro entre a entidade e a Prefeitura de Bertioga.

A entidade estudantil revela que desde o ano de 2001, é feita de forma parcial a ajuda aos estudantes, e que a prefeitura até o momento não demonstrou interesse em realizar o pagamento integral da nota fiscal referente ao transporte universitário de nossos associados.

Diz ainda que todo o ano são feitos diversos pedidos de aumento deste repasse, pois tem um aumento semestral de interessados em fazer o uso do transporte, mas nunca obtiveram sucesso, o único aumento que é repassado para a Associação é referente ao IPCA.

Neste primeiro semestre de 2024, devido à alta demanda de estudantes a Diretoria viu necessário a ampliação de algumas linhas e criação de novas linhas, pois terminou o segundo semestre de 2023 com 361 associados, e atualmente neste primeiro semestre conta com 429 associados, sendo: Guarujá - Noturno – 24 Associados. Mogi das Cruzes – Noturno – 185 Associados. Santos – Matutino – 46 Associados. Santos – Noturno – 174 Associados.

Todas essas cidades são divididas em 10 Linhas, sendo: Guarujá Noturno – Linha 01. Santos Noturno – Linhas 02, 03, 07 e 09. Santos Matutino – Linha 08. Mogi das Cruzes Noturno – Linhas 04, 05, 06 e 10.

A Aetub finaliza informando que é uma associação sem fins lucrativos, administrada por associados que foram eleitos por votação e que busca prestar assistência da forma mais rápida e ágil possível.


sábado, 16 de março de 2024

Matheus Rodrigues é recebido em grande estilo no Republicanos

O pré-candidato a prefeito de Bertioga se filiou ao partido nesta sexta (15), a filiação aconteceu em SP 

Walmir Barros


LIDERANÇAS - Matheus Rodrigues com o deputado federal Marcos Pereira e a ficha de filiação, em pé o deputado estadual Roberto Carneiro
 

O vereador e pré-candidato a prefeito de Bertioga, Matheus Rodrigues, assinou na tarde desta sexta-feira (15) a sua ficha de filiação no Republicanos, durante evento realizado na sede do Diretório Estadual do partido, em São Paulo.


Na sua filiação, Matheus Rodrigues que passa a pertencer aos quadros de expressão do partido foi recepcionado pelo deputado federal Marcos Pereira, que é o presidente nacional do Republicanos e detém o cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados, e também Roberto Carneiro, que é presidente estadual do Republicanos.


Matheus Rodrigues, que vem aumentando sua base eleitoral e número de apoiadores na cidade, ao assinar sua filiação no partido fortalece a legenda, hoje bem representada no Estado de São Paulo, pelo governador Tarcísio de Freitas, também membro do Republicanos. 


“O próprio governador Tarcísio sabe que teremos candidatura própria ao executivo de Bertioga”, reforçam os dirigentes da sigla, que enxergam em Matheus Rodrigues um jovem e experiente político. Muito bem preparado e que tem as melhores intenções e projetos para a cidade. Entendemos que ele deve ser o próximo prefeito de Bertioga, por isso tivemos muitas conversas e fizemos o convite para ele fazer parte do Republicanos”, disse o presidente estadual.




AGORA É 10: Matheus Rodrigues, pré-candidato a prefeito de Bertioga e a nova sigla partidária


Além do aceno de positivo do governador Tarcísio de Freitas, que fez questão da entrada de Matheus Rodrigues no Republicanos, o pré-candidato a prefeito de Bertioga conta com o forte apoio dos deputados federais Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Maurício Neves (PP), e também dos deputados estaduais Paulo Corrêa Júnior (PSD), Caio França (PSB), Thiago Auricchio (PL) e Rui Alves (Republicanos). 


O vereador entra no Republicanos e se despede de seu antigo partido agradecendo a todos os ex-correligionários, que o ajudaram a realizar trabalhos relevantes em prol da população bertioguense e da Cidade de Bertioga, por meio de sua atuação na Câmara Municipal de Bertioga. Matheus Rodrigues reafirma que a ação política incansável segue até o final de seu mandato de parlamentar, e tende a ter um novo curso após o término dele se assim for a vontade de Deus e da população.



Falta de saneamento básico prejudica a maricultura no Litoral Norte de SP

Pesquisador fala que esse é o principal entrave ao desenvolvimento da atividade e diz que a Sabesp tem de cumprir a função dela  

Texto e fotos - Thales Stadler/Plataforma Digital



O povo e o poder público têm de pressionar para que a Sabesp faça a parte dela 


O pesquisador Hélcio Luiz de Almeida Marques, do Instituto de Pesca, órgão ligado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento de SP, desenvolve estudos científicos em parceria com a Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (MAPEC) desde 2007. A sua área de pesquisa é a aquicultura marinha (maricultura), que tem como objetivo o aumento da produção de pescado para o consumo da população. A Praia da Cocanha fica em Caraguatatuba, Litoral Norte de SP.


Essa parceria rendeu cinco trabalhos de dissertação de mestrado e dois trabalhos de conclusão de curso, que tiveram reflexo imediato na produção do mexilhão, destaca-se que as pesquisas sempre foram embasadas nas dificuldades diretas dos maricultores.

Marques diz que para a produção do mexilhão é preciso uma excelente qualidade da água. “Na Cocanha ainda temos uma condição satisfatória de qualidade, e a má qualidade impede que a produção de mexilhões seja satisfatória”, ressalta. “A boa qualidade é fundamental para produção de alimento nas águas do oceano”, pontua e lembra que os maricultores do Litoral Norte não têm cultivos em áreas com águas impróprias.


Com objetivo de embasar cientificamente as ações realizadas pela MAPEC, o pesquisador e parceiro Hélcio Luiz de Almeida Marques respondeu algumas questões relevantes que fazem jus ao Projeto Farol do Lixo, Um Farol de Soluções para um Oceano Sustentável.


1- Qual a importância da pesquisa científica em relação à poluição dos oceanos e aquecimento global?


Sem dúvida a pesquisa científica tem papel relevante na quantidade de poluição que existe no mar, nos locais onde essa poluição é mais intensa e na proposição de medidas mitigatórias para poluição, mas infelizmente só a pesquisa científica não resolve esse problema. Esse problema não é só da pesquisa científica, mas da sociedade como um todo, dos órgãos governamentais e da população. Apenas com uma ação conjunta de todos esses órgãos é que esse problema pode ser mitigado.


2- Qual pesquisa o senhor realizou na Fazenda Marinha da Cocanha que contribuiu para trabalhos de prevenção a poluição nos oceanos? 


Eu especificamente não participei de nenhuma pesquisa de prevenção da poluição nos oceanos. Mesmo porque eu disse que temos problemas que não podem ser solucionados só por atores simples, como a população, mas principalmente por órgão governamentais. É claro que algumas orientações básicas são sempre passadas aos maricultores no sentido deles colaborarem com a preservação de seus cultivos, evitando o uso de materiais que possam contaminar o mar, evitando o descarte de material que não é degradável, material que pode vir a contaminar o mar perto se seus cultivos. Enfim, colaborar para que seu cultivo seja um exemplo de sanidade da qualidade do mar para os demais atores envolvidos, como a navegação de recreio e outras atividades.


3- Como um problema global sobre a poluição nos oceanos atinge as comunidades de cultura tradicional caiçara, em específico a MAPEC, que depende do oceano limpo para produzir o mexilhão próprio para o consumo humano, além da pesca artesanal?  


Nesse ponto tenho uma opinião particular. Eu acredito que os problemas globais são muito difíceis de serem resolvidos, como eu disse não depende só de uma comunidade, de um governo.Na verdade, o global seria todos países contribuírem para evitar a poluição. Mas, o que nós temos observado é que o problema do oceano limpo para MAPEC é mais localizado do que os problemas globais. Por exemplo, a contaminação por esgotos domésticos é um problema real é um problema que atua diretamente sobre a produção de alimentos, mas não só sobre isso atua sobre a balneabilidade das praias, do turismo da pesca, enfim tudo. É um problema localizado, não é um problema global, é um problema regional e o que poderia ser feito?


4- Quais ações imediatas cada pessoa pode adotar para minimizar os efeitos da poluição nos oceanos?


Eu acho que para minimizar as poluições nos oceanos nós devemos minimizar a poluição no nosso quintal, na nossa casa, e nisso a população pode contribuir muito. A população pode pressionar seus vereadores, pressionar o poder público municipal para que esse poder público pressione principalmente a empresa responsável pelo saneamento básico no estado de São Paulo que é a Sabesp. Para que ela cumpra a sua função que é sanear a água, que é uma coisa que a SABESP nunca fez e não está fazendo, ou se fez, fez em muito pouca escala, que não resolveu até agora os problemas por que nós continuamos com águas contaminadas, principalmente na época de Temporada, e isso aflige muito os maricultores. Eu diria que o maior problema da maricultura hoje seria o saneamento básico das águas marinhas, esse problema teria que ser resolvido para que a maricultura pudesse crescer como empreendimento, e também crescer de forma saudável e sustentável,


5 - Qual a importância dessa ação de conscientização Farol do Lixo, Um Farol de Soluções Para Um Oceano Sustentável a partir dos pescadores que sofrem os efeitos da poluição dos oceanos e do aquecimento global?


Acredito que cada um pode fazer além das ações que estamos vendo, que estão sendo feitas por vocês nesta ação. Eu acho que a pressão popular é muito importante, os maricultores se unirem se juntarem a outros órgãos, outros atores e pressionar a Câmara dos vereadores, o poder público municipal, talvez até os deputados e cobrar efetivamente que a Sabesp cumpra com papel primordial que é fazer o saneamento básico no estado de São Paulo. Sem esse primeiro passo nós não vamos conseguir resolver esse problema global do oceano. 


E a ação Farol do Lixo, um Farol de Soluções Para Um Oceano Sustentável é uma ação muito importante para conscientização da população, conscientização dos atores das pessoas para que o oceano seja mantido limpo, com a qualidade de água necessária para nós fazermos o uso devido das águas do oceano. Então sucesso para vocês e tenho certeza que mais e mais pessoas se conscientizem da necessidade de cuidar principalmente do nosso quintal primeiro, da água de Caraguatatuba da praia da Cocanha, das praias adjacentes, para depois então nós conseguirmos ter vozes para lutar por um oceano globalmente limpo, mais sustentável.


PRAIA DA COCANHA É SEDE DO PROJETO QUE TEM PARCERIA COM A ONU



Pescador artesanal da chega de sua pescaria na praia da Cocanha.


O cultivo de mexilhão em Caraguatatuba foi impulsionado por um projeto de extensão pesqueira iniciado na década de 90 na Praia da Cocanha pelo Instituto de Pesca, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). 


A escolha da praia da Cocanha foi em razão das condições ambientais favoráveis, proporcionada pelo abrigo contra a penetração de ondulações e ventos fortes de sul e sudeste, e também devido à barreira geográfica formada pela ilha de São Sebastião e, localmente, pela presença da ilha da Cocanha e do ilhote de Fora.


Em 2000, os produtores formaram a Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (MAPEC). A entidade passou a organizar o trabalho dos produtores, proporcionando a eles facilidades para desenvolverem os seus cultivos, o que possibilitou a expansão da atividade.


Desde então, as atividades da MAPEC são embasadas em estudos científicos e a fazenda marinha da Cocanha exerce além da função de produção de alimentos cuidar do laboratório para trabalhos de pesquisa.



Organização convoca as pessoas para ações consciientizadoras


ATIVISMO - O projeto “Farol do Lixo, Um Farol de Soluções para um Oceano Sustentável”, foi idealizado com objetivos de chamar atenção sobre a poluição dos oceanos, tomar atitudes sustentáveis locais, dar exemplo por meio de boas práticas, que tenham impacto na conscientização de todos. 

José Luiz Alves - Presidente Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (MAPEC). Coordenador do projeto, Eduardo Gigliotti. Comunicação, Thales Stadler/Plataforma Digital Fato 

sexta-feira, 15 de março de 2024

Funcionalismo municipal de Mogi das Cruzes em estado greve

A adesão da categoria foi parcial, e o Sindicato está "chamando" a prefeitura para a mesa de negociação


Servidores durante a assembleia em que foi rejeitada a proposta da prefeitura

Os servidores públicos municipais de Mogi das Cruzes (SP) estão em estado de greve desde a última segunda-feira (11), após a realização de uma assembleia onde rejeitaram a proposta lançada pela Prefeitura de Mogi referente a data-base da categoria. A administração municipal propôs reajuste salarial de 3,15%, o que deixou o funcionalismo mogiano em pé de guerra, pois a pauta deles é extensa.  


“Além de 3,15% que os servidores têm garantido pelo artigo 37, inciso X, foi sugerido dividir em duas vezes os 5,64% que a categoria tem de perdas, em razão da lei complementar 173. Pagando 3,5% agora e 2,14% em janeiro.  Iniciar a transposição de regime para os mais de 1000 servidores regidos pela CLT”. Também nas reivindicações da categoria constam os pedidos de extensão de benefícios como o vale-alimentação, fracionamento do vale-refeição e reposição inflacionária.  


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes e Guararema (Sintap), Paulo Ricardo Alves Ramalho, 53 anos, o Paulinho, informou que já houve duas reuniões com o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), e o chefe do Executivo usou os encontros só para falar o que já teria feito pela categoria nesses três anos e meio de seu mandato. 


O sindicalista apontou ao prefeito apontando que ainda é possível fazer pelos servidores, como por exemplo atender as reivindicações feitas. “Voltamos a cobrar a valorização da categoria por tudo o que ela entrega para a população mogiana”, pontuou.


Paulinho destacou que Cunha está irredutível quanto a atender as reivindicações, mas acredita que ele possa voltar atrás em sua posição. Para isso, o sindicalista espera  envolver a Câmara Municipal de Mogi nas negociações, com os vereadores da cidade entrando em favor dos servidores públicos.


Conforme o Sindicato, a negativa do prefeito é sustentada na tese de que o orçamento do município é o que impede a realização de uma ‘oferta’ mais atrativa aos servidores. No entanto, os sindicalistas reforçam que a categoria não vai aceitar um acordo inviável, e podem passar do estado de greve para a deflagração da greve. 


Os sindicalistas suspeitam que assessores do prefeito estejam orientando ele a “arrastar” as negociações até o dia 5 de abril, pois a partir desta data por determinação de lei eleitoral gestores públicos ficam impedidos de lançar benefícios à categoria além da reposição salarial. “O que nos deixa com pouco tempo para a negociação e aumenta a necessidade de adesão da categoria para fortalecer o movimento”, explicou Paulinho.  

 

No estado de greve os serviços públicos funcionam com os servidores indo aos seus postos de trabalho e se revezando em participação de passeatas, assembleias de trabalhadores e outros tipos de manifestação. Numa possível deflagração de greve quase todos os funcionários aderem à paralisação total das atividades.


quinta-feira, 14 de março de 2024

Greve dos professores da rede municipal entra no 7º dia, em SP

Movimento de paralisação da categoria foi em resposta à proposta “indecente” feita pelo prefeito Ricardo Nunes  

Walmir Barros



Professores na manifestação em frende à sede da Prefeitura de São Paulo

A greve dos professores da rede municipal de ensino de São Paulo já dura uma semana. Deflagrada na sexta-feira (08/03), o movimento grevista eclodiu após a categoria não aceitar a proposta do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de querer conceder um reajuste salarial de 2,16%.

 

Os professores reivindicam a incorporação de 39% em todos os vencimentos, tanto de trabalhadores ativos ou pensionistas. A proposta do prefeito foi rebatida pelos professores entrando em estado de greve por tempo indeterminado. 


Os sindicatos Sinpeem, Sinesp e Sedin estão à frente da luta dos educadores da rede municipal de ensino. A reportagem falou com Lucas Simabukulo, 41 anos, diretor do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).


De acordo com ele, além da incorporação de 39% a categoria exige melhores condições de trabalho com carga horária que não leve os professores à exaustão, e para isso, pontua o sindicalista, deve ocorrer a chamada de professores, pois o quadro está muito defasado. 


Outras demandas são o fim do confisco previdenciário, contra a política salarial por subsídio, a favor do aumento dos valores dos pisos de docentes e profissionais da gestão e quadro de apoio das escolas, além de melhores condições gerais de trabalho.


Conforme o dirigente sindical, na próxima terça-feira (19) uma nova proposta de reajuste   será levada para a Câmara Municipal de São Paulo e se não houver alteração, e o prefeito insistir no reajuste de 2,16%, então a greve dos professores vai continuar.


Sindicalistas chamam a categoria para a conversa com a administração paulistana


DIA DAS MULHERES - "O simbolismo do 8 de Março, escolhido para ser a data de deflagração da greve foi em razão da grande maioria do magistério ser formada por trabalhadoras da educação, simplificou Simabukulo. 


Indagado como a greve está sendo vista pela comunidade, ele disse que o Sinpeem vai às escolas conversar com a comunidade (pais e mães) de alunos para explicar os motivos da paralisação. 


“A comunidade entende que melhorando as nossas condições de trabalho dos professores também será melhorado a forma de trabalhar o ensino de seus filhos, não que os professores não façam isso. Mas, fazem à base do sacrifício e muitos ficam com a saúde debilitada, abalada pela falta de condições de salário compatível ao trabalho, falta de mais professores na rede e trabalho acumulado”. 


Perguntado se a PM e a GCM têm agido de forma truculenta com os grevistas, ele revelou que ainda não foi registrado nenhum confronto. No entanto admitiu, que está havendo intimidações com as forças de segurança chamando os Sindicatos para reuniões e “pedindo” que não sejam feitos piquetes e nem passeatas. “Nós achamos estranho porque nunca nos fizeram esses pedidos em outras paralisações que realizamos”, finalizou.