terça-feira, 30 de janeiro de 2024

BAIRRO ESPERA AJUDA DA PREFEITURA DE BERTIOGA ENQUANTO AGUARDA DESPEJO EM MASSA

Informações apontam que mais de 200 famílias podem ter de sair de suas casas, e elas pedem ajuda da administração no problema




O iminente despejo em massa que paira sobre uma área do Jardim Paulista e que, segundo informações, deve atingir mais de 200 famílias, todas sob o risco de terem de sair das casas onde moram há vários anos faz que os olhos de Bertioga, no litoral de São Paulo, se volte para a situação preocupante dos moradores.


O clima de incerteza que preocupa a cidade não domina a totalidade de sua classe política, haja vista que dos nove vereadores que compõem a Câmara de Bertioga só um atuou em favor dos moradores em risco.


Ele fez o que pôde na tentativa de reverter a situação que já foi ganha na Justiça pelo proprietário da área. Por meio de contratos, o dono negociou os imóveis com os moradores que reclamam que os valores cobrados são muito acima de suas possibilidades.


Muitos atuam na informalidade, outros são trabalhadores da construção civil, diaristas, desempregados que vivem de “bicos”, aposentados e todos eles juntos formam uma grande maioria de assalariados.


Além do proprietário ter ganho a causa na Justiça, existe uma decisão judicial já determinando a reintegração de posse. A ação é vista pelos moradores como uma condenação à perda de suas casas. Por isso, lideranças do bairro tentam falar com o prefeito Caio Matheus (PSD) visando que ele “sentencie” em favor dos moradores.


A reportagem questionou a prefeitura para saber se o prefeito pode receber a associação visando, juntos, encontrarem solução ao caso. 


Indagou se caso não for encontrada solução, a prefeitura está pronta para realocar dezenas de pessoas (crianças, idosos e mulheres). Perguntou: Onde a prefeitura deve realocar essas pessoas? A administração municipal não se manifestou.


NOTA DA REDAÇÃO -  Essa matéria foi republicada. Ela data de 18/10/23  


LÍDER COMUNITÁRIO FALA DA LUTA DA COMUNIDADE PARA PERMANECER EM ÁREA "TOMADA" PELO PERB

Parque “desconsiderou” moradores que vivem no local há anos e que dá noite para o dia ficaram ameaçados de perder suas casas 


Desde a sua criação, em 2010, o Parque Estadual Restinga de Bertioga tira o sono de centenas de famílias que vivem ao longo da extensa área de proteção ambiental. Todas elas passaram a correr risco de desocupação. 

O perigo decorre porque ao ser demarcado o parque seus idealizadores não verificaram que muitos locais, há anos, já eram povoados.

O Perb abriga diversas vilas de moradores e  uma delas é a Chácaras Mogianas em Boracéia, onde o líder comunitário Jerlan Santos, 41 anos, e a diretoria da associação da localidade brigam pelo direito à moradia.