sábado, 28 de dezembro de 2019
PERSISTE TRABALHO DEGRADANTE NA GARAGEM MUNICIPAL DE BERTIOGA
MORTE QUE SEGUE - PACIENTES CONTINUAM A SAIR DO HOSPITAL DIRETO PARA O CEMITÉRIO DE BERTIOGA
Os dois casos têm pontos semelhantes principiados pela internação delas no Hospital Municipal de Bertioga, cujos serviços são gerenciados pela organização social INTS (Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública).
Maior que o pomposo nome do instituto é o valor do contrato que ele tem com a Prefeitura de Bertioga, R$ 3 milhões/mês que ao ano somam R$ 36 milhões, dinheiro público desembolsado para que a empresa cuide da saúde dos bertioguenses, usuários do hospital.
Porém, o INTS não tem correspondido ao trabalho se levado em conta a série de reclamações de mau atendimento no hospital em casos simples e outros graves, como nas acusações de negligência denunciadas pelos familiares de Valdiceia e Stefany.
Valdiceia morreu no dia 7 de dezembro e uma semana depois, 14 de dezembro, foi a vez de Stefany sair do leito do hospital para uma sepultura na quadra 3 do Cemitério de Bertioga.
Ainda abalada pelo ocorrido com a filha, a mãe de Stefany, a diarista Sandra Mendes da Silva, 49 anos, acusa o hospital de negligência e diz que levará o caso à Justiça. Quer punir as pessoas que "deixaram sua filha morrer". desabafa a mulher.
"Não vou me calar. Tudo o que eles precisam é do silêncio para continuar destruindo famílias. É preciso fazer algo porque senão as pessoas vão continuar morrendo sem a devida assistência. Vou onde for preciso para denunciar o que aconteceu com a minha filha. Deus sabe o que estou passando", disse atordoada.
Sandrá já tem um advogado e colhe documentos necessários para acionar o Hospital da Bertioga na Justiça. Caso ocorra a ação, o processo deve ser dividido entre o INTS e a Prefeitura de Bertioga, ambos os responsáveis pela unidade de saúde.
A mãe revelou que há oito meses levava a filha a postos de saúde e ao hospital, porque ela tinha problemas de estômago. Por fim, Stefany ficou duas semanas internada no hospital, contou Sandra.
"Lá ela piorou e ninguém descobriu o problema. Então falaram que ela estava com Aids e depois sífilis. Mas até agora não sei do que realmente a minha filha morreu. Não me deram nenhuma informação", revelou a mãe.
TRANSFERÊNCIA TARDIA - Já com a saúde agravada, Stefany foi transferida para o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde o médico ao ver as condições da paciente foi logo avisando a mãe. "Aqui não temos suporte para atender a sua filha, e ela já está muito mal´", contou Sandra.
A jovem ficou só uma noite no hospital paulistano e foi transferida para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, onde, segundo a mãe, os médicos informaram que a paciente já havia dado entrada no hospital em óbito. "Fui de Bertioga a São Paulo com a minha filha semimorta, e depois de São Paulo ao Guarujá com ela morta na ambulância", disse a mãe.
SEMELHANÇAS - O fim da vida de Stefany foi igual ao caso de Valdiceia, leia reportagem: https://www.efeitoletal.com.br/…/caminho-da-morte-jovem-ago…
A transferência de ambas as pacientes para outros hospitais aconteceu quando os médicos que as receberam já não podiam fazer mais nada pelas suas respectivas recuperações.
Em ambos os casos, o Hospital de Bertioga pode ficar "isento" de responder pelas mortes porque os óbitos são assinados nas unidades onde elas de fato foram constatadas. Valdiceia morreu em Santos, na Santa Casa de Misericórdia, Stefany morreu no Guarujá, no Hospital Santo Amaro.
Já no Hospital de Bertioga ninguém morre. Isso confirmaria a "presteza" do contrato do INTS com a prefeitura, pois as partes não são afetadas pelo acordo assinado em meados de abril de 2018. O que não aconteceu às famílias que passam pelo mesmo drama das duas jovens mortas.
Por coincidência, 2018 é o mesmo ano em que aumentaram os registros de óbitos nos hospitais para onde os pacientes de Bertioga são transferidos, já dando os últimos suspiros de vida. Tem quem acredite que a morte está sendo exportada.
O QUE DIZ A PREFEITURA
O site Efeito Letal indagou a administração municipal acerca do ocorrido com Stefany, frisando a semelhança do ocorrido com Valdiceia. As respostas seguem abaixo.
Questionada sobre qual doença afetou Stefany e que teria provocado sua morte foi respondido que: a paciente deu entrada com queixa e sintomas que culminaram no diagnóstico.
Em ambos os casos, Stefany e Valdiceia, foi indagado os motivos da demora na transferência que é feita quando outros hospitais já não têm mais condições de salvar os pacientes. Resposta: a transferência é realizada imediatamente quando a liberação de vagas no Cross é sinalizada via sistema.
Nos casos de Stefany e Valdiceia foi falado para as famílias que duas pacientes haviam contraído uma bactéria. O site perguntou qual bactéria afetou as duas pacientes. De acordo com o Hospital de Bertioga, os casos não estão correlacionados "a bactéria", são casos distintos com diagnósticos diferentes.
Sobre Stefany disseram a mãe da jovem que a paciente "estava com Aids e depois falaram que ela estava com sífilis". Ao que foi feita a pergunta. "O procedimento do 'chute' faz parte do protocolo do hospital de informar familiares sobre o que afeta a saúde dos pacientes?". O hospital disse que "a hipótese diagnosticada foi concluída após liberação do quadro clínico da paciente.
A mãe de Stefany e os familiares de Valdiceia acusam o hospital de negligência. O hospital se defende alegando que "toda a assistência foi prestada até o momento da transferência".
O Efeito Letal destacou que as mortes das duas jovens foram quase sequenciais, e o que a Prefeitura de Bertioga - por meio da Secretaria de Saúde - e o INTS podem conversar para evitar que outras tragédias iguais se repitam. A resposta robótica: diagnóstico e casos distintos e toda assistência prestada.
Finalizando foi perguntado à prefeitura se ela avalia que o contrato com o INTS, em função do serviço prestado pela empresa, está de acordo com a necessidade de manutenção da saúde e da vida dos bertioguenses que usam o hospital da cidade. A resposta. "O contrato é monitorado e avaliado conforme estabelecido em metas assistenciais e de qualidade"
EM TEMPO - Stefany foi transferida para o Hospital Emílio Ribas II, em Guarujá, e não em São Paulo, como foi erroneamente publicado na reportagem.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
CAMINHO DA MORTE - JOVEM AGONIZA EM BERTIOGA E É LEVADA PARA MORRER EM SANTOS
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
HOMENAGEM - NOME DE PM MORTO POR BANDIDOS PASSA SER NOME DE RUA NA VISTA LINDA
A indicação do vereador Ney Lyra emocionou familiares e amigos do policial que era nascido e criado em Bertioga
O nome do policial militar Maurício Sólon Mota é o nome oficial da, agora antiga, rua Aprovada 229, no bairro Vista Linda, que passa a se chamar Rua Cabo PM Maurício Sólon Mota.
O vereador Ney Lyra (PSDB) é o autor da indicação em homenagem ao agente de segurança morto por bandidos em dezembro do ano passado, durante uma tentativa de assalto no Centro de Bertioga.
A indicação do parlamentar apresentada como Moção por Ato de Bravura na sessão de Câmara desta terça-feira (19) levou familiares, amigos - entre eles vários policiais militares - à sede do Legislativo.
O reencontro de pessoas próximas ao policial, que foi vitimado pela mesma violência que procurava combater, modificou o ambiente da edilidade com um clima mesclado a sentimentos de dor, saudade, tristeza e revolta.
Alguns dos presentes não contiveram as lágrimas quando foi apresentado slide com fotos de Sólon em alguns momentos de sua vida acompanhado da família, com amigos e no trabalho de policiar a cidade.
Ney Lyra na apresentação de sua proposta ao homenageado trouxe a frase. "Heróis não são esquecidos, eles entram para a história", o parlamentar seguiu pontuando tópicos da vida e carreira militar de Sólon (*leia texto abaixo).
Após finalizar sua fala na tribuna, o vereador chamou a mãe do PM, a Dona Neusa, que visivelmente emocionada não conseguiu falar sobre o filho. Ainda muita ferida pela dor da ausência bastante presente, ela se rendeu às lágrimas.
A jovem Milena - filha de Sólon - foi breve. Ela reiterou o amor pelo pai e falou da saudade e da falta que ele faz no seu dia a dia. A ressalva é que a filha escolheu seguir a carreira do pai e em breve será uma policial militar.
Naná, a irmã, procurou confortar a todos destacando que Sólon é o filho, o pai, o irmão e o amigo, que ainda está presente na vida de todos aqueles que o amaram, o conheceram e o admiraram.
PALAVRA DE MÃE
Ao final da sessão, Dona Neusa falou com a reportagem sobre a homenagem ao filho. “Fico muito agradecida por reconhecerem o trabalho dele, porque ele abraçou Bertioga para tomar conta de todos nós. Então, eu fico agradecida por lembrarem, porque têm muitos casos que acontecem e os policiais não são lembrados", disse.
Sobre a situação de sua neta Milena - filha de Sólon - decidir ser uma policial militar ela disse. "Sempre preocupa porque o policial hoje não tem garantias nenhuma. E como aconteceu com ele a gente fica, ainda, mais preocupa".
O HOMENAGEADO
No texto justificando sua indicação o vereador Ney Lyra escreveu: "Maurício Sólon Mota, nascido em 06 de dezembro de 1970, filho do José Sólon Mota e Neusa Santos, estudou na Escola Profº Armando Bellegard e, ainda jovem, trabalhou no Sesc Bertioga como menor aprendiz. Foi atleta do Grêmio Esportivo Caiçara, serviu à pátria na Base Aérea de Santos e trabalhou na Viação Bertioga.
Em 1996, a vocação falou mais alto na sua vida e entrou na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Na Corporação ficou conhecido como Cabo Sólon: PM boa praça, mas rigoroso no combate ao crime.
Na PM, foi agraciado com Láurea de 4º Grau em reconhecimento à sua bravura e ao seu bom desempenho. Cabo Sólon tinha vocação para a profissão. Amava o trabalho.
Infelizmente no dia 10 de dezembro de 2018 teve sua vida violentamente interrompida. Sua morte foi sentida por todas as pessoas que o conheceram. Sólon deixou a esposa Aline e os filhos Milena, Miguel, Maurício Jr e Matheus.
Cabo Sólon dedicou sua vida em defesa da sociedade bertioguense. O seu legado de amor e dedicação ao trabalho na Polícia Militar justificam a homenagem prestada à sua memória".
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
OPOSICIONISTA, SILVIO MAGALHÃES MANDA BALA NA ADMINISTRAÇÃO DE BERTIOGA
terça-feira, 26 de março de 2019
APÓS MANIFESTAÇÃO CRECHE DO INDAIÁ TERÁ SEGURANÇA
segunda-feira, 18 de março de 2019
NEY LYRA TEM PRESSA NA REGULARIZAÇÃO DO RECANTO ALEGRE
Parlamentar atua fortemente em processos de regularização fundiária na cidade
A chegada da verba de R$ 200 mil já liberada e conseguida em 2017, junto ao Ministério das Cidades, em Brasília, pelo vereador Ney Lyra (PSDB) para a regularização fundiária do Recanto Alegre precisa do empenho da Prefeitura de Bertioga.
"Falta pouco para a conclusão do projeto, que vinha num ritmo muito bom. Mas nos últimos meses o trabalho está meio parado. É preciso que a prefeitura se empenhe para não perder a verba, pois o montante já está à disposição do município", revelou o parlamentar.
O dinheiro para a oficialização da localidade, onde moram aproximadamente 200 famílias, foi uma parceria do vereador com o ex-deputado federal João Paulo Tavares Papa - também do PSDB. O deputado viabilizou o montante do por meio de uma emenda parlamentar.
De acordo com informações, o recurso conseguido em Brasília seria suficiente para regularizar 450 lotes, o que beneficiaria aproximadamente mil famílias.
ESFORÇO
Temendo que o recurso seja perdido, Ney Lyra voltou à carga pedindo ao Poder Executivo que converse com a Caixa Econômica Federal e Ministério de Desenvolvimento Regional visando que os dois órgãos busquem uma solução para a retomada e a execução do projeto de regularização do Recanto Alegre.
O processo regulatório já foi iniciado e se encontra em estágio avançado. "Não podemos perder uma verba tão importante e expressiva que vai ajudar muitas famílias bertioguenses a terem os seus direitos garantidos", pontua Ney Lyra.
"As primeiras quadras do Recanto Alegre, que estão localizadas atrás da empresa Portal Kit é que serão beneficiadas pelo projeto de regularização fundiária", apontou o vereador tucano.
sexta-feira, 8 de março de 2019
CAMPB IMPULSIONA INGRESSO DOS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO
A conquista do primeiro emprego vira a realização de um sonho para muitos adolescentes
O Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro de Bertioga (Instituto CAMPB) é uma alavanca para os jovens bertioguenses que desejam estrear com sucesso no mercado de trabalho em Bertioga, no Litoral de São Paulo, mas encontram dificuldades na conquista do primeiro emprego.
Alguns dos percalços transformam essa primeira etapa da vida profissional em uma verdadeira realização de um sonho, como conta a aprendiz Luana da Silva, 14 anos, numa história que é endossada por sua mãe, Tânia Araujo da Silva.
A adolescente passou em uma prova disputada por outros 981 candidatos, conseguindo ficar entre os 300 melhores colocados. A posição lhe valeu uma vaga de emprego no Condomínio Morada da Praia, no bairro de Boracéia, onde ela mora com a família.
Luana disse que festejou muito a oportunidade ganha. "Meus irmãos foram jovens aprendizes, e esse era o meu sonho", afirmou reconhecendo que o Instituto CAMPB foi decisivo para iniciar positivamente sua vida trabalhista.
A mãe confirma o desejo da filha. "Tenho dois filhos que cursaram o CAMPB, inclusive minha outra filha estuda Pedagogia tendo chegado à faculdade por meio do Instituto", falou Tania, agradecendo a oportunidade alcançada pelos filhos por meio do que aprenderam no instituto, que é uma Organização não Governamental (Ong).
Tânia enfatizou que o apoio do Instituto acrescenta muito na vida dos jovens de Bertioga, que encontram um norte dentro da carreira profissional. "É muito difícil o começo e o CAMPB tem ajudado os jovens encontrar menos dificuldades no encontro do primeiro emprego. Nós, mães e pais, ficamos muito gratas e gratos por isso", concluiu.
EM BOAS MÃOS - O presidente do Instituto CAMPB, Plínio Aguiar, assevera que a instituição pauta na formação de cidadãos e cidadãs, para exercerem cidadania com plenitude.
"A nossa responsabilidade maior é essa", assinala o presidente completando. "Ouvir deles que o nosso trabalho preenche parte de seus sonhos é muito gratificante e emociona demais. A juventude precisa ser bem conduzida para ter um futuro promissor", pontuou.
O número atual de aprendizes do CAMPB, que estão em atividade em 17 empresas parceiras conveniadas, são 159 jovens. No processo seletivo realizado em dezembro do ano passado foram feitas 982 inscrições.
Os aprendizes aprovados são chamados paulatinamente para entrevistas no Instituto, e vão sendo incluídos no mercado de trabalho conforme o surgimento de vagas nas empresas. "É importante destacar que os aprovados são encaminhados aos seus respectivos empregos em um prazo máximo de dois anos", finalizou.