sábado, 28 de dezembro de 2019

PERSISTE TRABALHO DEGRADANTE NA GARAGEM MUNICIPAL DE BERTIOGA

Já faz um ano o Sindicato dos Servidores acionou o MPT que move ação civil pública contra a prefeitura mas a situação só piora, denunciam os funcionários



Há um ano que o MPT (Ministério Público do Trabalho) ordenou por meio de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que a Prefeitura de Bertioga executasse melhorias na estrutura da Garagem Municipal de Bertioga, e até agora a administração não cumpriu a ordem dada.

O episódio rendeu uma ação civil pública proposta pelo MPT contra a prefeitura. A denúncia foi levada à Justiça pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bertioga.

A proposta defendida pelo MPT visa tirar os cerca de 50 funcionários do local das condições de trabalho degradante, situação reconhecida pela equipe do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, que em dezembro de 2018 vistoriou a garagem, e ao sair de lá deixou deixou uma lista de serviços que não foram realizados pela prefeitura.

Na época, o MPT foi ao local acionado pelo Sindicato do Servidores Públicos Municipais de Bertioga que soube do caso via jornalistas, que denunciaram em reportagem a situação da garagem e dos integrantes da categoria.

A atuação da Imprensa, do Sindicato e MPT não surtiu o efeito esperado pelos funcionários e sequer fez a prefeitura bertioguense mover uma palha para sanar os problemas.

Isso de acordo com afirmações de funcionários que, em coro, disparam. "A situação está cada vez pior". O nome deles fica sob sigilo para evitar que sofram retaliações. "O Ministério Público veio e nada mudou", disse. "Continua a mesma coisa", completou outro servidor.

PERIGO - Em abril deste ano foi relatado que houve um princípio de incêndio que teria sido motivado pela instalação elétrica deteriorada. 

O incidente começou no ar condicionado instalado no barracão de madeira. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros foi chamada e impediu que o fogo se alastrasse, ninguém ficou ferido.

O princípio de incêndio aconteceu à noite quando não havia ninguém na garagem, sendo que moradores vizinhos ao local é que teriam acionado o Corpo de Bombeiros.

No incêndio relatado um funcionário vê o mau presságio ao revelar que os carros locados pela prefeitura são abastecidos na Garagem Municipal. 

"Os caminhões tanques abastecem e muito combustível cai no chão. O solo já deve estar todo contaminado", diz. A ressalva é que o local além de contornado por áreas verdes fica próximo à Praia do Indaiá.

"Há anos não recebemos equipamentos de segurança pessoal para trabalharmos. O esgoto está entupido e o banheiro onde tomamos banho fica alagado. Nossa situação é péssima", resumiu. 

Além de funcionários da prefeitura, a garagem abriga funcionários de empresas que prestam serviço para a administração municipal.

"Tem um galpão que está prestes a cair, é que a obra não foi concluída", disse evidenciando que o risco de tragédias anunciadas faz parte da rotina do trabalho degradante.

O presidente do Sindicato do Servidores de Bertioga, Jorge Guimarães dos Santos, o Jorjão, disse que deve voltar a conversar com o MPT para ver a posição do órgão sobre o caso.

O site Efeito Letal entrou em contato nesta sexta-feira (20) com o MPT, em Santos, e foi informado que os funcionários entraram em recesso de fim de ano.

Também na sexta feira, a reportagem contatou a Prefeitura de Bertioga indagando a administração municipal sobre o caso, mas o governo não se manifestou.

DEGRADAÇÃO - Em dezembro de 2018 o próprio MPT considerou degradante a condição dos servidores públicos alocados na Garagem Municipal de Bertioga.

Na vistoria da equipe enviada foi órgão constatado que as instalações não possuem "mínimas garantias" de saúde e de segurança aos funcionários.

O local não possui informações sobre programa de prevenção de riscos ambientais e o não cumprimento do programa do controle médico ocupacional. Não há um programa de gerenciamento de resíduos sólidos e de resíduos dos serviços de saúde.

O TAC lembrou que os trabalhadores precisam de "uma existência digna, conforme os ditames da Justiça Social, observada a defesa do meio-ambiente; o direito ao meio equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida".

O termo pedia que a prefeitura fizesse reparos em vestiários, banheiros, no sistema elétrico, providenciasse extintores de incêndio. O documento solicitava a higienização de todos os ambientes na garagem.

MORTE QUE SEGUE - PACIENTES CONTINUAM A SAIR DO HOSPITAL DIRETO PARA O CEMITÉRIO DE BERTIOGA

Num espaço de sete dias duas jovens morrem após passar pelo Hospital de Bertioga que 'distribui' dor e sofrimento às famílias bertioguenses, a Justiça vai ser acionada


O fim de ano das famílias de Valdiceia Conceição da Silva e Stefany de Oliveira da Silva está sendo marcado pela dor da ausência devido as mortes de ambas as jovens, que tinham pouco mais de 20 anos.

Os dois casos têm pontos semelhantes principiados pela internação delas no Hospital Municipal de Bertioga, cujos serviços são gerenciados pela organização social INTS (Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública).


Maior que o pomposo nome do instituto é o valor do contrato que ele tem com a Prefeitura de Bertioga, R$ 3 milhões/mês que ao ano somam R$ 36 milhões, dinheiro público desembolsado para que a empresa cuide da saúde dos bertioguenses, usuários do hospital.


Porém, o INTS não tem correspondido ao trabalho se levado em conta a série de reclamações de mau atendimento no hospital em casos simples e outros graves, como nas acusações de negligência denunciadas pelos familiares de Valdiceia e Stefany.


Valdiceia morreu no dia 7 de dezembro e uma semana depois, 14 de dezembro, foi a vez de Stefany sair do leito do hospital para uma sepultura na quadra 3 do Cemitério de Bertioga.


Ainda abalada pelo ocorrido com a filha, a mãe de Stefany, a diarista Sandra Mendes da Silva, 49 anos, acusa o hospital de negligência e diz que levará o caso à Justiça. Quer punir as pessoas que "deixaram sua filha morrer". desabafa a mulher.


"Não vou me calar. Tudo o que eles precisam é do silêncio para continuar destruindo famílias. É preciso fazer algo porque senão as pessoas vão continuar morrendo sem a devida assistência. Vou onde for preciso para denunciar o que aconteceu com a minha filha. Deus sabe o que estou passando", disse atordoada.


Sandrá já tem um advogado e colhe documentos necessários para acionar o Hospital da Bertioga na Justiça. Caso ocorra a ação, o processo deve ser dividido entre o INTS e a Prefeitura de Bertioga, ambos os responsáveis pela unidade de saúde.


A mãe revelou que há oito meses levava a filha a postos de saúde e ao hospital, porque ela tinha problemas de estômago. Por fim, Stefany ficou duas semanas internada no hospital, contou Sandra.

"Lá ela piorou e ninguém descobriu o problema. Então falaram que ela estava com Aids e depois sífilis. Mas até agora não sei do que realmente a minha filha morreu. Não me deram nenhuma informação", revelou a mãe.


TRANSFERÊNCIA TARDIA - Já com a saúde agravada, Stefany foi transferida para o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde o médico ao ver as condições da paciente foi logo avisando a mãe. "Aqui não temos suporte para atender a sua filha, e ela já está muito mal´", contou Sandra.


A jovem ficou só uma noite no hospital paulistano e foi transferida para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, onde, segundo a mãe, os médicos informaram que a paciente já havia dado entrada no hospital em óbito. "Fui de Bertioga a São Paulo com a minha filha semimorta, e depois de São Paulo ao Guarujá com ela morta na ambulância", disse a mãe.


SEMELHANÇAS - O fim da vida de Stefany foi igual ao caso de Valdiceia, leia reportagem: https://www.efeitoletal.com.br/…/caminho-da-morte-jovem-ago…

A transferência de ambas as pacientes para outros hospitais aconteceu quando os médicos que as receberam já não podiam fazer mais nada pelas suas respectivas recuperações.


Em ambos os casos, o Hospital de Bertioga pode ficar "isento" de responder pelas mortes porque os óbitos são assinados nas unidades onde elas de fato foram constatadas. Valdiceia morreu em Santos, na Santa Casa de Misericórdia, Stefany morreu no Guarujá, no Hospital Santo Amaro.


Já no Hospital de Bertioga ninguém morre. Isso confirmaria a "presteza" do contrato do INTS com a prefeitura, pois as partes não são afetadas pelo acordo assinado em meados de abril de 2018. O que não aconteceu às famílias que passam pelo mesmo drama das duas jovens mortas.


Por coincidência, 2018 é o mesmo ano em que aumentaram os registros de óbitos nos hospitais para onde os pacientes de Bertioga são transferidos, já dando os últimos suspiros de vida. Tem quem acredite que a morte está sendo exportada.


O QUE DIZ A PREFEITURA


O site Efeito Letal indagou a administração municipal acerca do ocorrido com Stefany, frisando a semelhança do ocorrido com Valdiceia. As respostas seguem abaixo.


Questionada sobre qual doença afetou Stefany e que teria provocado sua morte foi respondido que: a paciente deu entrada com queixa e sintomas que culminaram no diagnóstico.


Em ambos os casos, Stefany e Valdiceia, foi indagado os motivos da demora na transferência que é feita quando outros hospitais já não têm mais condições de salvar os pacientes. Resposta: a transferência é realizada imediatamente quando a liberação de vagas no Cross é sinalizada via sistema.


Nos casos de Stefany e Valdiceia foi falado para as famílias que duas pacientes haviam contraído uma bactéria. O site perguntou qual bactéria afetou as duas pacientes. De acordo com o Hospital de Bertioga, os casos não estão correlacionados "a bactéria", são casos distintos com diagnósticos diferentes.


Sobre Stefany disseram a mãe da jovem que a paciente "estava com Aids e depois falaram que ela estava com sífilis". Ao que foi feita a pergunta. "O procedimento do 'chute' faz parte do protocolo do hospital de informar familiares sobre o que afeta a saúde dos pacientes?". O hospital disse que "a hipótese diagnosticada foi concluída após liberação do quadro clínico da paciente.


A mãe de Stefany e os familiares de Valdiceia acusam o hospital de negligência. O hospital se defende alegando que "toda a assistência foi prestada até o momento da transferência".


O Efeito Letal destacou que as mortes das duas jovens foram quase sequenciais, e o que a Prefeitura de Bertioga - por meio da Secretaria de Saúde - e o INTS podem conversar para evitar que outras tragédias iguais se repitam. A resposta robótica: diagnóstico e casos distintos e toda assistência prestada.


Finalizando foi perguntado à prefeitura se ela avalia que o contrato com o INTS, em função do serviço prestado pela empresa, está de acordo com a necessidade de manutenção da saúde e da vida dos bertioguenses que usam o hospital da cidade. A resposta. "O contrato é monitorado e avaliado conforme estabelecido em metas assistenciais e de qualidade"


EM TEMPO - Stefany foi transferida para o Hospital Emílio Ribas II, em Guarujá, e não em São Paulo, como foi erroneamente publicado na reportagem.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

CAMINHO DA MORTE - JOVEM AGONIZA EM BERTIOGA E É LEVADA PARA MORRER EM SANTOS


Demora na transferência de um hospital a outro revolta familiares, que denunciam negligência e maus tratos


O nome de Valdiceia Conceição da Silva, 21 anos de idade, aumenta o número de denúncias de mau atendimento contra o Hospital Municipal de Bertioga, gerenciado pela INTS, cujo valor milionário do contrato com a Prefeitura de Bertioga, faz que empresa e administração municipal se distanciem do serviço ansiado pela população da cidade e pelos parentes de pessoas que morrem dentro da unidade de saúde, ou na inevitável passagem por ela.

São R$ 3 milhões/mês o valor do contrato firmado entre a Prefeitura de Bertioga e o INTS (Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública), OSS (Organização Social de Saúde). A duração do contrato é de dois anos e até o término do mesmo, caso não ocorra nenhuma alteração, a empresa receberá dos cofres públicos de Bertioga R$ 72 milhões. A empresa foi contratada em meados de 2018.

O mau atendimento é denunciado pelos familiares da balconista Valdiceia Conceição da Silva, 21 anos, que junto a ela passaram quatro dias de horror no local até a balconista ser transferida para a Santa Casa de Misericórdia de Santos, onde morreu poucas horas após dar entrada na instituição médica. Ainda abalada, a família afirma que a morte aconteceu em função da demora na transferência da jovem para um local com melhores recursos.

Levada para o Hospital de Bertioga na segunda-feira (2), expelindo sangue pela boca ela permaneceu assim até a noite de sexta-feira (6) quando foi transferida para a Santa Casa de Santos, já com a saúde piorada. Em Santos os médicos logo que viram a situação da jovem anteciparam aos pais. "O estado dela é muito grave. Vocês têm de estar preparados”, disse Maria Souza da Conceição, 48 anos, mãe da balconista.

Ela acompanhou a filha na ambulância. “Deixamos ela na Santa Casa e assim que chegamos em Bertioga avisaram pra gente voltar, porque ela tinha morrido”, disse a mãe. O tempo todo com a filha, nos momentos críticos - do Hospital de Bertioga a Santa Casa - Maria só chorou.

AGONIA - Porém na conversa com a reportagem a dor foi deu lugar à revolta e as lágrimas foram substituídas por palavras de protestos e desmentidos que transtornou mais a família. Pela versão da Secretaria de Saúde de Bertioga foi dito que a Valdiceia chegou no hospital na quarta-feira (4).
 
“Levamos na segunda-feira, ela ficou no quarto de observação de segunda até terça. Na quarta quando piorou muito é que a levaram para o isolamento. Pedi para ficar com minha filha para ela não passar a noite sozinha. Me negaram isso, disseram que por ela ser maior de idade não era permitido acompanhante. Mas, uma enfermeira falou que iria providenciar. Fiquei com ela e depois a namorada dela também ficou. Eu não estava suportando mais ver o sofrimento da menina. Ela estava com muita falta de ar e vomitava muito sangue”, relatou a mãe. “O meu marido falou com o médico se não podiam transferir a menina pra uma clínica. Disseram que ela já estava sendo medicada e que iriam resolver o problema alí mesmo. Mas eles sabiam que ela ia morrer, estava muito mau. Eu não entendo porque não transferiram logo. Isso me dói muito. Eu perdi a minha filha”, contou Maria, que aniversariou no dia 10, três dias após a morte de Valdiceia.

FRIEZA - A mãe da balconista denunciou que foi destratada por um médico e por enfermeiras - que não soube identificar os nomes. “Eu poderia ter pego o nome dele pela receita quando indicou a medicação. Mas não fiz isso porque dizem que não pode fotografar nada dentro do hospital, senão faria com o celular”, disse Maria.

Ela revelou que a medicação se resumia em Dramim, Buscopan e soro. “As enfermeiras me viam e comentavam entre si ‘essa é a mulher daquele caso’. Todas sabiam o que estava acontecendo porque eu pedia ajuda pra todo mundo, estava desesperada. Todos sabiam, mas não ajudaram a minha filha e ela morreu”, lamentou Maria.

Sobre o médico a mãe relata a frieza. “Lembro ele dizendo que não podia fazer mais nada porque ela estava com sangue no pulmão e não podia tirar”.

Depois de tudo consumado, Maria recebeu o golpe final. “Entregaram para o meu filho a blusa dela cheia de sangue. Isso não se faz, devolver uma roupa cheia de sangue pra uma mãe. Quando vi a blusa dela daquele jeito me revoltou muito”, afirmou.

O pai, Vitor Santos da Silva, 55 anos, disse que não pretende acionar o hospital na Justiça, até antevendo que “amanhã pode precisar do mesmo hospital e isso pode atrapalhar”. Cauteloso, disse que se limitou a ir até o hospital e desabafar contra o que reiterou ter sido negligência do hospital.

O QUE DIZ A PREFEITURA
A reportagem do Efeito Letal contatou a Secretaria de Saúde de Bertioga, que por meio da assessoria de Imprensa da prefeitura, respondeu que: "Segundo o INTS, que gerencia o Hospital de Bertioga a paciente, esteve no (PA) Pronto Atendimento em dias de meses intercalados, os últimos atendimentos ocorrerão em 27/06, com queixas distintas do diagnóstico em (02.12 a 06.12).
No mês de outubro, dia 01, foi verificada uma passagem pelo PA com queixas de vômitos.
A paciente teve passagem com maiores queixas e sintomas no dia 02.12.
Foi observada a sua internação no dia 04.12, com diagnóstico de doença auto imune “Sìndrome GOODPASTURE”.
Devido ao agravamento do quadro clínico, a equipe médica solicitou vaga de leito de UTI através da Central de Regulação – CROSS às 11:29 do dia 06.12, após intensa busca e movimentação da equipe do INTS e Secretaria de Saúde a vaga foi cedida via sistema às 20:33.
Ressaltamos que o Hospital / Secretaria de Saúde não possui governabilidade nem acesso às vagas em aberto, de referência oferecida pelos serviços referenciados na Baixada Santista.
A paciente deu entrada no dia 02.12 às 15:34 onde foram feitos os atendimentos necessários, o que originou a internação no dia 04.12, devido a evolução do quadro clínico.
Em todos os atendimentos, os pertences são devolvidos ao responsável e/ou familiar, por ser protocolo do hospital".












quarta-feira, 20 de novembro de 2019

HOMENAGEM - NOME DE PM MORTO POR BANDIDOS PASSA SER NOME DE RUA NA VISTA LINDA


A indicação do vereador Ney Lyra emocionou familiares e amigos do policial que era nascido e criado em Bertioga



O nome do policial militar Maurício Sólon Mota é o nome oficial da, agora antiga, rua Aprovada 229, no bairro Vista Linda, que passa a se chamar Rua Cabo PM Maurício Sólon Mota. 


O vereador Ney Lyra (PSDB) é o autor da indicação em homenagem ao agente de segurança morto por bandidos em dezembro do ano passado, durante uma tentativa de assalto no Centro de Bertioga.


A indicação do parlamentar apresentada como Moção por Ato de Bravura na sessão de Câmara desta terça-feira (19) levou familiares, amigos - entre eles vários policiais militares - à sede do Legislativo.  


O reencontro de pessoas próximas ao policial, que foi vitimado pela mesma violência que procurava combater, modificou o ambiente da edilidade com um clima mesclado a sentimentos de dor, saudade, tristeza e revolta. 


Alguns dos presentes não contiveram as lágrimas quando foi apresentado slide com fotos de Sólon em alguns momentos de sua vida acompanhado da família, com amigos e no trabalho de policiar a cidade.


Ney Lyra na apresentação de sua proposta ao homenageado trouxe a frase. "Heróis não são esquecidos, eles entram para a história", o parlamentar seguiu pontuando tópicos da vida e carreira militar de Sólon (*leia texto abaixo).


Após finalizar sua fala na tribuna, o vereador chamou a mãe do PM, a Dona Neusa, que visivelmente emocionada não conseguiu falar sobre o filho. Ainda muita ferida pela dor da ausência bastante presente, ela se rendeu às lágrimas.


A jovem Milena - filha de Sólon - foi breve.  Ela reiterou o amor pelo pai e falou da saudade e da falta que ele faz no seu dia a dia. A ressalva é que a filha escolheu seguir a carreira do pai e em breve será uma policial militar.


Naná, a irmã, procurou confortar a todos destacando que Sólon é o filho, o pai, o irmão e o amigo, que ainda está presente na vida de todos aqueles que o amaram, o conheceram e o admiraram.


PALAVRA DE MÃE 


Ao final da sessão, Dona Neusa falou com a reportagem sobre a homenagem ao filho. “Fico muito agradecida por reconhecerem o trabalho dele, porque ele abraçou Bertioga para tomar conta de todos nós. Então, eu fico agradecida por lembrarem, porque têm muitos casos que acontecem e os policiais não são lembrados", disse.


Sobre a situação de sua neta Milena - filha de Sólon - decidir ser uma policial militar ela disse. "Sempre preocupa porque o policial hoje não tem garantias nenhuma. E como aconteceu com ele a gente fica, ainda, mais preocupa".


O HOMENAGEADO  


No texto justificando sua indicação o vereador Ney Lyra escreveu: "Maurício Sólon Mota, nascido em 06 de dezembro de 1970, filho do José Sólon Mota e Neusa Santos, estudou na Escola Profº Armando Bellegard e, ainda jovem, trabalhou no Sesc Bertioga como menor aprendiz. Foi atleta do Grêmio Esportivo Caiçara, serviu à pátria na Base Aérea de Santos e trabalhou na Viação Bertioga.


Em 1996, a vocação falou mais alto na sua vida e entrou na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Na Corporação ficou conhecido como Cabo Sólon: PM boa praça, mas rigoroso no combate ao crime.


Na PM, foi agraciado com Láurea de 4º Grau em reconhecimento à sua bravura e ao seu bom desempenho. Cabo Sólon tinha vocação para a profissão. Amava o trabalho.


Infelizmente no dia 10 de dezembro de 2018 teve sua vida violentamente interrompida. Sua morte foi sentida por todas as pessoas que o conheceram. Sólon deixou a esposa Aline e os filhos Milena, Miguel, Maurício Jr e Matheus.


Cabo Sólon dedicou sua vida em defesa da sociedade bertioguense. O seu legado de amor e dedicação ao trabalho na Polícia Militar justificam a homenagem prestada à sua memória".


quinta-feira, 7 de novembro de 2019

OPOSICIONISTA, SILVIO MAGALHÃES MANDA BALA NA ADMINISTRAÇÃO DE BERTIOGA

   
LUZ  - Para o vereador a falta de transparência torna o governo obscuro e distante da população 


 

Emancipada há 28 anos, a cidade de Bertioga, no Litoral de São Paulo, apesar de nova é herdeira de velhos problemas, transmitidos de uma classe política a outra, que entra e sai do poder deixando o município e sua população de pouco mais de 60 mil habitantes afogados num mar de promessas não cumpridas. O revezamento de comando serve para que no passar dos bastões os bertioguenses continuem a corrida para lugar nenhum, e permaneçam nas mãos dos mesmos 'dominadores da prova'.
O empresário Silvio Magalhães (PSB) que entrou no legislativo bertioguense em maio de 2018 traça um novo percurso para a cidade. Ele assumiu a cadeira do vereador Luiz Carlos Pacífico Junior que renunciou ao cargo e, no abandono da vaga, pariu uma legião de eleitores órfãos.
No entanto, o mau aos que confiaram no fujão foi bom para a Câmara que viu a oposição ser inaugurada com o novo parlamentar. Sob o governo do prefeito Caio Matheus (PSDB), a cidade segue o trabalho fiscalizador do estranho que levou desconforto ao ninho tucano.
Silvio Magalhães mora há mais de 30 anos em Bertioga e já tentou o cargo de prefeito por duas vezes: a primeira em 2004 pelo PT e depois em 2012, pelo PV.  Oposicionista, ele já se posiciona como pré-candidato a prefeito nas Eleições Municipais de outubro de 2020.
Na entrevista, o pesebista escancara os pontos negativos da atual gestão, em situações que fazem o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) e a Justiça a observar com olhos de águia todos os movimentos do governo tucano.  

EL. A sua chegada ao Legislativo de Bertioga levou o tom de oposição à Câmara, embora seja uma voz solitária em um local que tem mais oito vereadores. Como é fazer oposição solitária?

SM. Na verdade a gente passou a fiscalizar com um olhar mais ativo a forma que a administração realiza o seu trabalho. Eu entendo que o nosso papel não é de oposição, eles que nos classificam como oposição. Mas, temos que olhar com muita atenção e defender os interesses da nossa cidade. Se olhar os contratos, se questionar valores, se fizer perguntas para entender porque a administração tem determinados comportamentos é ser oposição, então eu sou oposição.
Muitas coisas que encontramos, principalmente os pedidos que são feitos pelo Executivo, nos deixa uma série de dúvidas. Isso coloca o vereador na obrigação de fiscalizar, questionar e saber exatamente de que forma e como o recurso público está sendo aplicado. Se fiscalizar é ser oposição então eu sou oposição.

EL. Você se sente bem em denunciar situações que indicam possíveis irregularidades praticadas pelo Executivo?

SM. Para ser sincero não, eu gostaria que tivéssemos uma administração que pudesse realmente fazer seu papel de forma transparente e clara. Todas as vezes que encontro contratos com valores que, no meu caso, me assustam eu os questiono. Para gastar tanto recurso numa determinada obra tudo precisa ser muito bem elaborado.
Quando não é a gente acaba denunciando com tristeza, porque boa parte desse recurso vai para o ralo e quem deixa de receber o benefício é a população carente, necessitada de apoio do poder público. Ver o poder público gastar dinheiro onde não deveria de forma inconsequente causa grande tristeza.

EL. A atual administração tem falhado muito?

SM. Eu percebo que a gestão não é clara, os contratos não são claros, a forma como as coisas são feitas não seguem um caminho muito claro. A administração parece uma caixa preta, cumpre as obrigações do Tribunal de Contas, mas observo contratos que não são coerentes. A verba que está sendo gasta poderia ter uma utilização melhor, acho que essa gestão se perde muito.
Costumo comparar a atual administração a uma balsa no meio do Canal de Bertioga, que não consegue ir nem para o lado direito e nem para o lado esquerdo, se direciona conforme o vento. Não tem projeto, não tem uma organização racional para atender as necessidades da nossa cidade.

EL. Você tem um calhamaço de documentos cujas fontes são o TCE e o MP, onde os contratos mostram anomalias na administração municipal. Em sua opinião, qual deles mostra que o Executivo prejudica a cidade?

SM. Algumas empresas não cumprem o que está nos contratos. Identificamos isso e temos como parceiro o Ministério Público. Já existem inquéritos abertos contra empresas que prestam serviços de baixa qualidade para o município com contratos de custo extremamente alto. A pergunta no ar é: porque gastamos tantos recursos se o resultado que temos para a nossa população é tão pequeno? O nosso papel aqui é cobrar explicações e o Tribunal de Contas e principalmente o Ministério Público nos auxiliam a levar à frente essas investigações.
Nos conforta porque não é uma atitude isolada, detectamos o problema e entregamos ao órgão que avaliando enxerga a necessidade de se fazer a investigação. Estamos no rumo certo que é levar o trabalho adiante para que a população e Bertioga não percam.

EL. De que forma Bertioga é prejudicada?

SM. Na somatória. Por exemplo, pega-se um contrato de dois milhões, outro de um milhão e duzentos e outro de um milhão e meio. Ao somar tudo isso vê-se erros consecutivos por falta de planejamento.
A atual administração ganhou a última eleição dizendo que o que faltava para Bertioga era gestão, e a situação continua do mesmo jeito. Porque em três anos não foi construída uma sala de aula, os postos de saúde dos bairros continuam em estado lamentável.
Esse conjunto de coisas são importante para a cidade e vemos serviços de baixa qualidade de custo altíssimo, é a somatória de recursos que vai para o ralo. Com uma gestão baseada no princípio da seriedade e honestidade não estaríamos da forma que estamos.

EL. Quais as consequências disso para os bertioguenses?

SM. A cidade não é só o tecido urbano, é também o tecido social. Os nossos indicadores educacionais são péssimos, na saúde todos se sentem desprotegidos, um exame demora demais. As pessoas com deficiência são mal atendidas, as que dependem do transporte público são mal atendidas. Isso mostra que o conjunto de serviços sob a gerência do Executivo é de péssima qualidade. Então eu vejo que a população paga um preço muito alto por tudo isso.

EL. Bertioga tem orçamento perto dos R$ 500 milhões. Mas, a precária infraestrutura do Centro e dos bairros, onde a situação é pior, revelam uma cidade  pobre, o que contradiz com o orçamento. Isso seria decorrente da aplicação errada da verba pública?

SM. Sem sombra de dúvida. Se o dinheiro é mal gasto não tem como prestar serviço de qualidade quer seja no centro ou na periferia. Os bairros ficam sem asfalto, sem saneamento, as pessoas têm grande dificuldade de mobilidade.
A cidade é um todo e a rodovia Rio-Santos acaba dividindo Bertioga em duas, a parte onde fica a grande concentração da nossa população está abandonada, o que é muito triste. São três anos de abandono e não precisava estar dessa forma com o  orçamento que a gente tem. É a falta criatividade, gestão e competência.  

EL. Recentemente, o prefeito pediu socorro ao Estado sugerindo alterações em leis ambientais visando que áreas verdes pudessem virar palco de empreendimentos. Como você viu o episódio?

SM. De forma lamentável, atestou a falta de competência para resolver o problema e traduziu: "nós precisamos de soluções mais rápidas e a solução rápida, se o senhor autorizar, é desmatar tudo para construir bastante prédios".
Não é assim, temos de visualizar o nosso grande potencial que é o turismo e investir em ações econômicas, alternativas que tragam desenvolvimento para o município. Sermos criativos e estabelecer parcerias nesse setor.
Infelizmente essa gestão tem o pensamento quadrado. Fazer aquilo, pedir socorro, fez parecer que a cidade inteira pensa assim, o que  é uma grande mentira, um equívoco. Representou a manifestação de um indivíduo que não consegue imaginar que o potencial que temos aqui pode atrair muito gente. 

EL. O turismo é o foco?

SM. O turismo é hoje o viés de negócio no mundo e estamos perdendo isso. Imagine o seguinte, estamos a 70 e poucos quilômetros de São Paulo, o maior centro consumidor da América Latina e a não temos uma atividade e nem infraestrutura voltada ao turismo, que seja incentivada pela prefeitura para recebermos uma grande quantidade de turistas.  

EL. Na política, as pessoas falam que Bertioga está sem candidato ao Executivo para as Eleições de 2020. O que tem a dizer, uma vez que se posiciona como pré-candidato a prefeito? 

SM. Eu fico preocupado porque sou pré-candidato a prefeito. O meu partido já vem discutindo isso faz um tempo, e disputaremos as eleições no município, apresentando um plano de trabalho para que as pessoas tenham acesso e possam entender nossa proposta de forma clara e objetiva. Para que a população sinta que a gente pode fazer um projeto diferente, colocar a cidade no lugar que ela merece, com desenvolvimento econômico, infraestrutura e qualidade de vida.  

EL. Há comentários que você não consegue formar grupos, não consegue agregar pessoas em torno do seu nome. É isso, você tem um temperamento difícil do tipo que espanta quem se aproxima?

SM. É muito interessante essa questão da política. Eu digo política, não digo politicagem. A política é aquela que discute  com a sociedade, que cria instrumentos para que possamos fazer as coisas de forma democrática, transparente. Que a gente cria através de conselhos para discutir onde serão aplicados os recursos. Isso é política de transformação, de desenvolvimento. A politicagem é quando determinados grupos sempre estão no poder. Ganha 'a,b ou c' e eles estão sempre lá, são elementos que se repetem. Se agrupam não pelos interesses da cidade, mas por interesses pessoais. Infelizmente, a prefeitura acaba se transformando num banco de negócios para atender aos interesses desses pequenos grupos.

EL. Quem está com você?

SM. Nós agregamos pessoas da sociedade, que moram, trabalham e colaboram com o nosso município. Temos muitos contatos, participamos de várias reuniões onde elas dão suas opiniões, mostram seus sentimentos. Já esses indivíduos que dizem 'olha o Silvio não agrupa' são aqueles elementos que se repetem. Esses, eu realmente não gostaria de participar com eles.
Porque me parecem grupos muito distantes do interesse da cidade, de querer ver tudo transformado de forma evolutiva para deixar a cidade com qualidade. São grupos que têm interesses individuais e faço questão de não fazer parte, porque quando a gente olha bem não parece um grupo, parece uma quadrilha.

terça-feira, 26 de março de 2019

APÓS MANIFESTAÇÃO CRECHE DO INDAIÁ TERÁ SEGURANÇA

Moradores foram à Câmara dos Vereadores fazer o pedido e a Secretaria de Educação prometeu que escola terá "vigia"



Um dia depois de um grupo de moradores do Jardim Indaiá, em Bertioga - no Litoral de São Paulo - ter ido à sede do Legislativo bertioguense, reivindicar aos vereadores segurança para as crianças atendidas pela creche do bairro, representantes da Secretaria de Educação de Bertioga foram até a unidade educacional conversar com os pais de alunos e se comprometeram em atender as exigências.

Os pais pediram ao menos um "vigia" na creche que é alvo constante de ações de vândalos e bandidos. A Secretaria disse que designaria um vigilante para a creche e realizaria outras serviços necessitados pela unidade escolar.

A presença dos moradores do Indaiá na Câmara de Vereadores se deu em função à tragédia ocorrida em uma escola de Suzano, onde dois atiradores mataram e feriram vários estudantes e funcionários da escola e depois se suicidaram. 

Aliado a isso, casos de banditismo ocorridos na própria Creche do Indaiá também forçaram a manifestação dos pais de alunos.

Segundo relatos deles, um bandido já entrou armado na creche durante o período de férias escolar. Não haviam alunos mas tinham funcionárias na unidade. O detalhe é que apenas mulheres trabalham no estabelecimento.

Os pais de alunos disseram que vão aguardar o cumprimento do que foi prometido pela Secretaria de Educação e que se as ações propostas não se concretizarem eles irão até a prefeitura reivindicar soluções ao caso diretamente com o prefeito.

MEDO - Durante a sessão de Câmara foi falado aos vereadores que a ação de criminosos no Jardim Indaiá não se resume a roubos e furtos de residências. Os bandidos e vândalos também têm como seus alvos a creche do bairro.

O ataque ocorrido na Escola de Suzano, palco da tragédia com vários estudantes mortos e feridos, foi um dos motivos que levaram os pais das crianças assistidas pela Creche do Indaiá à Câmara para reivindicar segurança a seus filhos. 

"É chocante o que ocorreu em Suzano e não queremos que ocorra o mesmo com os nossos filhos. A situação de falta de segurança não é de agora, a tragédia em Suzano serviu para  nós todos pedirmos segurança na creche e no bairro para não chorarmos pelos nossos filhos", disseram.


segunda-feira, 18 de março de 2019

NEY LYRA TEM PRESSA NA REGULARIZAÇÃO DO RECANTO ALEGRE

Pelo direito à terra, vereador tucano foi a Brasília buscar verba para realização do trabalho  

 

Parlamentar atua fortemente em processos de regularização fundiária na cidade


A chegada da verba de R$ 200 mil já liberada e conseguida em 2017,  junto ao Ministério das Cidades, em Brasília, pelo vereador Ney Lyra (PSDB) para a regularização fundiária do Recanto Alegre precisa do empenho da Prefeitura de Bertioga. 


"Falta pouco para a conclusão do projeto, que vinha num ritmo muito bom. Mas nos últimos meses o trabalho está meio parado. É preciso que a prefeitura se empenhe para não perder a verba, pois o montante já está à disposição do município", revelou o parlamentar.


O dinheiro para a oficialização da localidade, onde moram aproximadamente 200 famílias, foi uma parceria do vereador com o ex-deputado federal João Paulo Tavares Papa - também do PSDB. O deputado viabilizou o montante do por meio de uma emenda parlamentar.


De acordo com informações, o recurso conseguido em Brasília seria suficiente para regularizar 450 lotes, o que beneficiaria aproximadamente mil famílias. 


ESFORÇO 


Temendo que o recurso seja perdido, Ney Lyra voltou à carga pedindo ao Poder Executivo que converse com a Caixa Econômica Federal e Ministério de Desenvolvimento Regional visando que os dois órgãos busquem uma solução para a retomada e a execução do projeto de regularização do Recanto Alegre.


O processo regulatório já foi iniciado e se encontra em estágio avançado. "Não podemos perder uma verba tão importante e expressiva que vai ajudar muitas famílias bertioguenses a terem os seus direitos garantidos", pontua Ney Lyra.


"As primeiras quadras do Recanto Alegre, que estão localizadas atrás da empresa Portal Kit é que serão beneficiadas pelo projeto de regularização fundiária", apontou o vereador tucano.

  















 

sexta-feira, 8 de março de 2019

CAMPB IMPULSIONA INGRESSO DOS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO

A conquista do primeiro emprego vira a realização de um sonho para muitos adolescentes 



Instituto aparece como o mais forte condutor de trabalho seguro para os jovens da cidade
 

O Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro de Bertioga (Instituto CAMPB) é uma alavanca para os jovens bertioguenses que desejam estrear com sucesso no mercado de trabalho em Bertioga, no Litoral de São Paulo, mas encontram dificuldades na conquista do primeiro emprego.


Alguns dos percalços transformam essa primeira etapa da vida profissional em uma verdadeira realização de um sonho, como conta a aprendiz Luana da Silva, 14 anos, numa história que é endossada por sua mãe, Tânia Araujo da Silva.


A adolescente passou em uma prova disputada por outros 981 candidatos, conseguindo ficar entre os 300 melhores colocados. A posição lhe valeu uma vaga de emprego no Condomínio Morada da Praia, no bairro de Boracéia, onde ela mora com a família.


Luana disse que festejou muito a oportunidade ganha. "Meus irmãos foram jovens aprendizes, e esse era o meu sonho", afirmou reconhecendo que o Instituto CAMPB foi decisivo para iniciar positivamente sua vida trabalhista.


A mãe confirma o desejo da filha. "Tenho dois filhos que cursaram o CAMPB, inclusive minha outra filha estuda Pedagogia tendo chegado à faculdade por meio do Instituto", falou Tania, agradecendo a oportunidade alcançada pelos filhos por meio do que aprenderam no instituto, que é uma Organização não Governamental (Ong).


Tânia enfatizou que o apoio do Instituto acrescenta muito na vida dos jovens de Bertioga, que encontram um norte dentro da carreira profissional. "É muito difícil o começo e o CAMPB tem ajudado os jovens encontrar menos dificuldades no encontro do primeiro emprego. Nós, mães e pais, ficamos muito gratas e gratos por isso", concluiu.


EM BOAS MÃOS - O presidente do Instituto CAMPB, Plínio Aguiar, assevera que a instituição pauta na formação de cidadãos e cidadãs, para exercerem cidadania com plenitude. 


"A nossa responsabilidade maior é essa", assinala o presidente completando. "Ouvir deles que o nosso trabalho preenche parte de seus sonhos é muito gratificante e emociona demais. A juventude precisa ser bem conduzida para ter um futuro promissor", pontuou.


O número atual de aprendizes do CAMPB, que estão em atividade em 17 empresas parceiras conveniadas, são 159 jovens. No processo seletivo realizado em dezembro do ano passado foram feitas 982 inscrições.


Os aprendizes aprovados são chamados paulatinamente para entrevistas no Instituto, e vão sendo incluídos no mercado de trabalho conforme o surgimento de vagas nas empresas. "É importante destacar que os aprovados são encaminhados aos seus respectivos empregos em um prazo máximo de dois anos", finalizou.