sábado, 13 de abril de 2024

Bertioguenses pagam o dobro para “sustentar” a Câmara de Vereadores

“O produto da arrecadação local deveria instrumental e necessariamente ter como foco o custeio das necessidades da população”, afirma promotora do MPC

Segundo entende o MPC, Câmara estaria promovendo investimento em causa própria

A Câmara de Bertioga é a mais dispendiosa dentre os 14 legislativos de cidades paulistas com população entre 60 e 70 mil habitantes. A constatação é de um levantamento da 2ª Procuradoria de Contas feito a partir de dados do Mapa das Câmaras de 2022 do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP)  


Bertioga conta com pouco mais de 64 mil habitantes e o seu legislativo é formado por 9 vereadores. No exercício de 2022, a Câmara bertioguense despendeu com pessoal e custeio próprio a quantia de R$ 13.711.489,77. Esse valor é 2,5 vezes superior à mediana apurada de R$ 5.268.839,50 desembolsada pelos municípios congêneres.


As cidades de Monte Mor e Tupã, por exemplo, com 15 vereadores cada uma, utilizaram individualmente cerca de R$ 7,4 milhões para a manutenção de suas câmaras legislativas. 


Enquanto a maioria dos municípios daquela faixa populacional obteve em 2022 uma despesa per capita de menos de R$ 100 para o custeio das Câmaras Municipais, cada cidadão de Bertioga pagou em média R$ 213,00 para o sustento do legislativo bertioguense. 


“Tais números jogam luz na disparidade de gastos empreendidos pela Edilidade em comparação às congêneres de características semelhantes. Não se desconhece a expressividade da receita própria municipal (R$ 370.605.732,97 em 2022), contudo tal folga fiscal não deveria servir de pretexto para superlativos gastos camarários. Afinal, o produto da arrecadação local deveria instrumental e necessariamente ter como foco o custeio das necessidades da população municipal”, ponderou a Procuradora de Contas Dra. Élida Graziane Pinto.


A representante ministerial também criticou a prática reiterada de majoração orçamentária realizada pelo Legislativo local, o que vem “propiciando uma excessiva alocação de recursos financeiros para custeio das atividades camarárias”.


No exercício em análise, aquela Câmara Municipal recebeu a título de duodécimos a soma de R$ 20.300.000,00, da qual foram devolvidos R$ 4.179.506,90 no final do ano, correspondendo a mais de 20% do total recebido.


 “Ainda que o excedente alocativo da Câmara seja restituído ao Executivo ao final do exercício, tal prática ocorre de forma intempestiva e revela, repise-se, um elevado custo de oportunidade, que compromete a execução das políticas públicas ordinárias de interesse da coletividade, frustrando o dever de ‘efetiva entrega de bens e serviços à sociedade’ de que trata o parágrafo 10 do artigo 165 da Constituição de 1988”, alertou a titular da 2ª Procuradoria do MPC-SP.


Para ela, “é ineficiente e ilegítimo o círculo vicioso em que o Legislativo entesoura recursos municipais escassos, para somente devolvê-los no final do exercício financeiro, enquanto diversas políticas públicas locais restam comprometidas em seu custeio cotidiano”.


Por fim, a Procuradora ressaltou que o superdimensionamento orçamentário traz, ainda que de modo equivocado, “a expectativa quanto à abundância de recursos disponíveis, redundando em graves distorções na composição do quadro de pessoal e com reflexos diretos na política remuneratória dos servidores”.


Sobre tal consideração, é preciso destacar que a Câmara Municipal de Bertioga, a despeito do colegiado de apenas 9 vereadores, dispunha em seu quadro 18 servidores efetivos e outros 33 ocupantes de cargos de livre provimento para a realização de tarefas cotidianas, isto é, mais de 3 cargos de confiança por parlamentar.  


Fonte: Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo


quinta-feira, 11 de abril de 2024

Para Valter Kazuo, Bertioga tem de apostar alto na educação e no ensino técnico profissionalizante

Criação de cursos para atender a demanda de um novo campo de trabalho nascido da instalação de indústrias não poluentes

Por Walmir Barros


Valter Kazuo, junto à sua esposa Cláudia, pauta Bertioga como o tema central


O tema educação trazido pelo empresário Valter Kazuo se distancia, e muito, dos clichês simplórios de políticos que ensaiam para falar sobre ela em seus discursos. O empresário revela as tramas que levam um indivíduo, ou mais, a pensar que sua entrada no mercado de trabalho é facilitada com cursos que oferecem apenas um campo de atuação. 


No caso de Bertioga, onde a construção civil além de principal força econômica e a mais rica fonte de trabalho é criada uma espécie de cultura dos pedreiros, com instituições se limitando a oferecer cursos dentro desse ramo. “Nada contra a profissão que é uma das mais importantes, senão a mais importante, da escala construtiva”, pontuou. “Mas, você não vai criar um filho, investir tudo nele para ele vir a ser um pedreiro”. 


Conforme o empresário, a cidade precisa abrir novos campos de trabalho, alavancar outras atividades ao invés de apostar só em cursos voltados à construção civil. O poder público tem de ampliar a educação profissionalizante, trazendo Etecs e ao menos uma Fatec para Bertioga. “É importante para a ascensão, progresso e evolução pessoal, e para o benefício e fortalecimento da própria sociedade”.  

 

“Bertioga precisa desenvolver seu campo empregatício para oferecer oportunidades de progresso pessoal à sua população. Precisa aumentar o seu potencial econômico por meio da instalação de indústrias não poluentes. Criar cursos técnicos para contar com mão de obra qualificada e até ampliar cursos à medida que forem abertas novas áreas de atividades do setor trabalhista. O progresso não tem limites”, afirma.        


“Enquanto Bertioga não ver essa realidade tudo o que for dito é falácia. Até que não seja aberto um novo campo de trabalho na cidade os bertioguenses continuarão a viver de subempregos ou do assistencialismo fomentado pela classe política, que parasita nos mandatos, sem trazer soluções para os problemas aos quais foi eleita para resolver. Mantém o povo em estado de carência para renovar promessas não cumpridas, como forma de continuar se reelegendo”, condena. 


O empresário traz esse enredo para justificar que a educação é a chave, a porta e o caminho para a saída da política do cabresto, arquitetada pelos detentores de cargos públicos. 


Valter Kazuo afirma conciso. “Bertioga precisa investir na educação a começar pela construção de escolas para os estudantes que deixam o ensino básico. “As crianças se tornam adolescentes, os bairros aumentam suas populações, a vida segue. E há anos que o Estado não constrói uma escola em Bertioga”, destaca. “Os políticos indagados sobre isso apenas dizem que o problema é do estado”, completa.  


E depois indaga. “O estado está aqui para ver isso? Os vereadores que pedem nossos votos para seus deputados dizendo que eles ‘olham’ por Bertioga . Então eles têm de pedir aos deputados que vejam essa situação, que peçam mais escolas”, afirma o empresário.


A última unidade que o estado construiu no município foi no Jardim Vicente de Carvalho e data de meados de 2004. A escola do bairro teve vida curta sendo logo desativada porque o prédio ameaçava desabar sobre os estudantes. Citando esse projeto educacional falho, pode se dizer que há 20 anos o Estado não constrói uma unidade escolar na cidade. 

 

Sobre a abertura de campo de trabalho com indústrias não poluentes e a criação de cursos profissionalizantes por meio de Etecs, Valter Kazuo rememora.


“O assunto não é novo na cidade, os políticos falavam nisso mas sem materializar os projetos. Eles não dão continuidade porque a classe política de Bertioga não produz para o coletivo, para o todo da cidade. Faz para o seu grupo, para o seu reduto, para os seus amigos. Os políticos precisam saber que não se separa a população por reduto eleitoral, amigos ou seguidores, a população é a cidade”. 


Cidade ainda pode começar a produzir oportunidades e vitórias à sua população



As premiações fazem o empresário acreditar que o sonho é possivel

Valter Kazuo mora em Bertioga há 27 anos, no Bairro Vista Linda, e ficou fora dele durante dois anos, quando foi morar e trabalhar no Japão. 

O tempo vivido na terra dos ancestrais reacendeu a disciplina quase obsessiva pelo sucesso na realização de projetos. À sua forma, ele adotou padrão idêntico ao regressar a Bertioga. 


Aplicou o método de trabalho na sua empresa, a Marcenaria Alfa Designer e Decorações. Com a prática ganhou quatro importantes premiações de âmbito nacional, mais o reconhecimento internacional vindo por meio de um convite para uma exposição e montagem de uma cozinha na cidade de Milão, na Itália. Devido ao excesso de trabalho e compromisso com os clientes brasileiros optou por não ir para a Europa.   


Entende que a conquista maior é a certeza de que apostando na otimização do trabalho o sucesso, os ganhos e os lucros vêm para todos, avalia mostrando que sabe adicionar o seu lado competitivo ao pensamento coletivo.


Valter Kazuo foi decisivo nos trabalhos de criação das duas unidades do Espaço Cidadão /Centro e Boracéia, para onde também direcionou vários cursos que ajudaram na evolução profissional e aumento da renda familiar de muitos bertioguenses. Ele deu sua cota de participação no progresso da cidade e ainda espera trabalhar muito mais por Bertioga. 


A cidade foi a pauta principal na conversa de sábado (06) à tarde no Restaurante Caravelas. O casal de empresários, Valter Kazuo e sua esposa Cláudia Kazuo fizeram considerações sobre como Bertioga estaria hoje se logo nos primeiros anos da emancipação tivessem começado a planejar e trabalhar o seu futuro como cidade.


Atualmente, em razão de problemas em áreas prioritárias (educação, emprego, saúde) o município depende das cidades vizinhas, e a dependência faz que ela e sua população sejam vistas como a prima pobre da Baixada Santista.  


Porém, Bertioga conta com orçamento bilionário; é riquíssima. Mas, ela e a sua população são pobremente assistidas pelo poder público, carecem de bons serviços públicos o que deixa os seus moradores longe do status de cidadania plena e até a própria Bertioga se vê impedida de desfrutar do status de cidade. Mas, ainda dá tempo… 


sexta-feira, 29 de março de 2024

Mulher morre vítima de bala perdida em ação da PM, a violência foi em Santos

Ela se torna mais uma das dezenas de vítimas mortas em supostos confrontos com a Polícia Militar que realiza uma operação sangrenta na Baixada Santista 

Por Walmir Barros


Edneia, vítima de bala perdida deixa órfã seis crianças  (Arquivo pessoal)


Mãe de seis crianças, Edneia Fernandes Silva, de 31 anos, morreu atingida por uma bala perdida na cabeça. A violência aconteceu em Santos e segundo a versão da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) a mulher teria sido atingida em um confronto entre PMs e suspeitos. 


A família da vítima discorda da versão do estado. Uma das primas de Edneia disse que não houve troca de tiros, apenas um disparo dos policiais. Edneia foi baleada por volta das 19 horas de quarta-feira (27) quando estava na Praça José Lamacchia, localizada no bairro Bom Retiro. Levada ao hospital ela ficou internada e morreu na noite de quinta-feira (28) 


A bala que matou Edneia destroçou seus familiares, todos estão devastados. Segundo relatado por Thayna Santos, prima da vítima, ela tinha deixado um dos seis filhos no barbeiro e foi conversar com uma amiga quando foi mortalmente ferida. 


Thayna criticou a versão da PM dizendo que é mentira que teria ocorrido troca de tiros, Conforme ela três motos da Rocam passaram e um único tiro teria partido de um dos  policiais motorizados. 


Depois do tiro, testemunhas socorreram a mulher e a levaram para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste e posteriormente foi transferida para a Santa Casa de Santos.


A prima da vítima acrescentou que os moradores das comunidades querem viver em paz e criar os filhos com dignidade, destacou que “a polícia deveria proteger a população e não destruir a vida de inocentes. 


Thayna completou. Não é justo tratarem as famílias da comunidade como lixo, como se fôssemos bichos". O desabafo faz eco com outras vozes de moradores das cidades da Baixada Santista onde acontece uma violenta e desenfreada operação policial que já resultou em aproximadamente 60 mortos em dois meses de verdadeiro ataque estatal. 


Por meio de nota, a SSP-SP informou que todas as circunstâncias relativas aos fatos são rigorosamente investigadas pelo 5º Distrito Policial de Santos e pela Polícia Militar, que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM).


Na ocasião, exames periciais foram solicitados e, tão logo os laudos sejam concluídos, serão remetidos à autoridade policial para análise e esclarecimento do caso.


Conforme a SSP, as forças de segurança do estado são instituições legalistas que operam estritamente dentro de seu dever constitucional, seguindo protocolos operacionais rigorosos. Ainda de acordo com a Secretaria, as corregedorias estão à disposição para formalizar e apurar toda e qualquer denúncia contra seus agentes.


Avesso às investigações da SSP, órgãos e entidades ligadas aos direitos humanos levaram os casos de violência policial na Baixada Santista para a Organização das Nações Unidas (ONU), para que órgãos internacionais acompanhem o que vem  acontecendo no Litoral de São Paulo.


Governador sobre a violência policial: “Não tô nem aí” 



Tarcísio de Freitas já afirmou que mortes em operação é um efeito colateral (Getty Images) 


O próprio governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da  ONU. Quando foi indagado por jornalistas sobre a situação o governador tripudiou respondendo “Não ‘tô’ nem aí”


Tarcísio de Freitas é o responsável pela ação mais letal da PM paulista.  Também foi protocolado junto à Organização das Nações Unidas o pedido para que os policiais militares façam o uso obrigatório das câmeras corporais. 


Na delegacia - De acordo com a versão dos policiais da Rocam, eles faziam patrulhamento em motos pela Avenida Hugo Maia, sentido Jovino de Melo, quando viram uma motocicleta em alta velocidade entrando na avenida. Pediram ao motociclista que parasse, mas o piloto não obedeceu, fugiu e entrou na praça.


Para se resguardar, a equipe da PM parou de acompanhar o veículo e ficou parada no cruzamento da Avenida Hugo Maia com a Jovino de Melo. Neste momento, segundo o boletim de ocorrência, o motociclista e o garupa teriam atirado aproximadamente cinco vezes em direção aos agentes.


Um dos PMs reagiu e efetuou um tiro contra os suspeitos. Em seguida, os homens abandonaram a moto e correram em direção ao beco da praça, disparando mais cinco vezes. Os policiais fizeram o retorno pela Rua Washington de Almeida e acessaram a praça pelo lado oposto.


A moto foi encontrada sem a chave na ignição. Em pesquisa no sistema, a equipe constatou que não havia queixas de crimes envolvendo o veículo. Durante essa consulta, eles foram informados por testemunhas de que a mulher em questão havia sido baleada e socorrida.


No baú da moto, a PM encontrou um conjunto de capa de chuva preto, um boné vermelho e um carregador de celular. Também foi requisitada perícia para o local e exame residuográfico para as mãos do PM que fez o disparo. A pistola dele também foi apreendida.


O caso foi registrado como homicídio tentado e localização e apreensão de veículo na Central de Polícia Judiciária de Santos. Os suspeitos não foram encontrados. O veículo abandonado foi encaminhado para as dependências do 7º Distrito Policial.


quinta-feira, 28 de março de 2024

Dr João Paulo fala sobre a profissão e mudanças na carga horária de trabalho na Saúde de Bertioga

Ele levou à Câmara de Bertioga o debate propondo a alteração de horários para melhorar a produtividade e o atendimento a pacientes

Por Walmir Barros

 


Dinanimização no atendimento a pacientes e também nas condições de trabalho dos profissionais da área


O fisioterapeuta João Paulo Paulo Fernandes Filho,o Dr João Paulo, atuante na rede municipal de saúde de Bertioga traz informações sobre a profissão que abraçou e do trabalho que deixou na Câmara de Bertioga que prevê a reorganização da carga horária de trabalho de alguns segmentos da área de saúde, visando que ao tempo que os profissionais não fiquem à espera de pacientes, os pacientes também não fiquem por muito tempo à espera de atendimento.


Assista ao vídeo





domingo, 24 de março de 2024

Prefeito “empurra” funcionalismo mogiano para a greve

Irredutível em atender a reivindicação dos servidores, prefeito tende a usar a lei eleitoral como escudo contra pedidos da categoria

Por Walmir Barros

Servidores podem decidir pela paralização diante do insucesso com a prefeitura


Os servidores públicos municipais de Mogi das Cruzes (SP) rejeitaram durante assembleia, realizada quinta-feira (21) no Sindicato da categoria, a proposta da prefeitura que quer conceder apenas 3,15% de reajuste salarial.


Com a nova rejeição da proposta, o funcionalismo mogiano que está há 15 dias em estado de greve poderá consumar o movimento, deflagrando a greve.  


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes e Guararema (Sintap), Paulo Ricardo Alves Ramalho, 53 anos, o Paulinho, disse que o Sindicato vai apoiar qualquer decisão que a categoria tomar.  


O Sintap vem realizando as conversações com a prefeitura, e a posição da entidade de classe nesse sentido é clara. “Além de 3,15% que os servidores têm garantido pelo artigo 37, inciso X, foi sugerido dividir em duas vezes os 5,64% que a categoria tem de perdas, em razão da lei complementar 173. Pagando 3,5% agora e 2,14% em janeiro.  Iniciar a transposição de regime aos mais de 1000 servidores regidos pela CLT”. Os servidores também pedem extensão de benefícios, entre eles o vale-alimentação, fracionamento do vale-refeição e reposição inflacionária.


De acordo com Paulinho, o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, vai se escudar na lei eleitoral para agir contra a categoria. O dirigente sindical explicou que a partir do dia 5 de abril, a lei eleitoral determina que gestores públicos ficam impedidos de lançar benefícios à categoria além da reposição salarial.


Caio Cunha estaria sendo orientado por seus assessores para "esticar" as negociações até essa data para, depois dela, dar o que seria o tiro de misericórdia na pretensão dos servidores.   


Prefeitura é derrotada nos votos, mas quem perde são os servidores 


Um total de 395 servidores participaram da votação que foi secreta, e onde houve nova derrubada da proposta da prefeitura. Foram 330 votos contra e 65 votos a favor.


A prefeitura sofreu uma derrota esmagadora, mas quem perdeu foi a categoria que não teve a sua reivindicação atendida.  


O Sintap vem conversando por meio de aplicativo de mensagem, com os servidores que devem decidir pela realização, ou não, de nova assembleia  ainda nesta segunda-feira (25) para definir se o sai do estado de greve para a deflagração da greve. 


No estado de greve os serviços públicos funcionam com os servidores indo aos seus postos de trabalho e se revisando em participação de passeatas, assembleias de trabalhadores e outros tipos de manifestação. Numa possível deflagração de greve quase todos os funcionários aderem à paralisação total das atividades. 


“Vamos apoiar qualquer decisão da categoria”, reiterou o dirigente sindical. “A paralisação não seria viável principalmente para a sociedade mogiana. Porém, caso não tenha diálogo, o prefeito terá que conviver com o movimento”, finalizou o dirigente sindical. 


quinta-feira, 21 de março de 2024

Estudantes avaliam que mensalidade do transporte custa os olhos da cara e deveria ser gratuito

A Aetub é o motivo da “revolta académica” com alunos ameaçando denunciar a suposta “exploração” ao MP Por Walmir Barros


Associação é críticada devido valor de taxas serem considerados absurdos

A Associação dos Estudantes Técnicos e Universitários de Bertioga (Aetub) é duramente criticada por alunos que se dizem explorados pela entidade que estaria cobrando mensalidade com valor abusivo para transportar estudantes às respectivas unidades de ensino, a mensalidade já chegaria em torno de R$ 400, 00. O itinerário das “linhas estudantis” são as universidades de Guarujá, Santos e Mogi das Cruzes, e a empresa contratada para o serviço é a Nova Aldevan Eirelli ME.

Destaca-se que a Nova Aldevan seria a mesma empresa que realiza o transporte de pacientes para a Secretaria de Saúde de Bertioga. A reportagem teve acesso ao contrato mantido entre a empresa e a Prefeitura de Bertioga para a prestação desse serviço, cujo valor é de R$ 2 milhões. Já para o transporte de estudantes, a reportagem teve acesso ao contrato firmado em 2023 - entre a Aetub e a Nova Aldevan, que à época era de R$ 121. 600, 00.

Seguida à reclamação, eles ponderam que a Prefeitura de Bertioga que “banca” parcialmente o transporte estudantil, repassando verba para a Aetub, poderia pagar o serviço integralmente.

Para exemplificar, os estudantes destacam a postura da Prefeitura de São Sebastião, que patrocina integralmente o transporte, concedendo gratuidade aos estudantes sebastianenses.

A maioria das reclamações partem de estudantes bolsistas que já dão “duro” trabalhando para a própria sobrevivência e precisam comprar livros e outros aparatos para os respectivos cursos, e ainda são “açoitados sem dó” pela fustigante mensalidade cobrada pela Aetub.

Os mais exaltados e mais afetados pelo alto valor da mensalidade de transporte estudantil já intencionam levar o caso à Justiça, argumentando que o Governo Federal lança programas destinados a facilitar o ingresso das pessoas nas universidades enquanto “uma entidade consegue dificultar a permanência das pessoas no ensino superior”.

Isto porque têm estudantes admitindo que já estão em vias de “trancar as matrículas" por não conseguir pagar o transporte. Embora saibam que o estudo é fator decisivo para a conquista de melhores oportunidades, colocam a luta diária pela sobrevivência como prioridade.

Cobrança classificada de abusiva pode levar o caso aos tribunais

Pais de alunos, alunos ou até amigos de estudantes ameaçam levar a causa ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio de uma ação civil pública contra a prefeitura bertioguense, visando a gratuidade no transporte.


A ideia em ter o MP como aliado seria para que o órgão avalie, mediante estudo, a possibilidade da prefeitura bertioguense “bancar” o pagamento integral do transporte dos universitários, a exemplo da Prefeitura de São Sebastião. O MP faria o apanhado da situação encaminhando a proposta à Justiça.

Enquanto levar o caso aos tribunais é só uma hipótese, os estudantes seguem a vida com a corda no pescoço. A reportagem falou com um grupo de alunos que pediu para não ter os seus nomes divulgados, pois temem algum tipo de represália.

Uma universitária que estuda em Mogi das Cruzes disparou. “Eu acho o valor da mensalidade um absurdo. Você já se viu pagar uma fortuna pelo transporte até a faculdade, enquanto deveria ser um direito garantido pelo município. Infelizmente, essa realidade é enfrentada por muitos estudantes em Bertioga. Com o aumento inesperado das tarifas de ônibus, o peso financeiro sobre os nossos ombros só aumenta”, falou.

"É uma situação alarmante e que precisa de solução urgente. Enquanto isso, em São Sebastião, a prefeitura reconhece a importância do acesso fácil à educação e assume o custo do transporte para os alunos. Por que Bertioga não pode seguir esse exemplo?” indagou.

“Nós, estudantes e cidadãos de Bertioga, não podemos mais ficar de braços cruzados diante dessa injustiça. Precisamos exigir que a prefeitura assuma a responsabilidade de garantir o transporte acessível para todos os estudantes”, bradou.

“Não podemos permitir que os altos custos ou os perigos nas ruas noturnas impeçam o acesso à educação. Porque à noite a situação se torna ainda mais preocupante. Fazer baldeação na avenida principal pode ser perigoso, especialmente para os estudantes que precisam voltar para casa após as aulas, precisamos de transporte acessível e seguro para todos”, finalizou a estudante expondo, também, o risco à segurança.

Outra aluna que também estuda em Mogi das Cruzes detalhou. “Eu comecei a utilizar o transporte da Aetub no ano passado. Cobravam o valor de R$345,00, era um valor até razoável. Mas, sempre foi salgado para quem tem de pagar aluguel, custo de vida e a faculdade. No primeiro ano, pelo menos para mim não houve um reajuste somente a taxa de cadastro e recadastramento que eles cobram o olho da cara. É um valor absurdo para quem já é associado”, comparou.

“Esse ano o valor foi para R$ 395,00 fora o recadastramento que foi a R$ 340,00. Agora eles querem aumentar para R$ 406,00. Isso é um absurdo, pois no segundo semestre terá um novo reajuste, fora o recadastro que cobram o valor de 340,00. A maior insatisfação, pelo menos da minha parte, é que a maioria dos estudantes sentem que não têm a ajuda de custeio pela prefeitura”, lamentou.

“Enfim, a prefeitura poderia ajudar mais ou até mesmo cobrir o valor inteiro, como a prefeitura de São Sebastião. Lá os alunos não pagam, eles usam o transporte gratuitamente, isso facilitaria muito para nós também. Acredito que a Prefeitura de Bertioga tenha o valor para cobrir o custo total”, finalizou.
Um universitário que estuda em Santos foi mais econômico nas palavras. “Eu acho um valor muito alto e abusivo baseado nos anos anteriores onde o valor era consideravelmente mais baixo. E agora, ao longo desse tempo, não percebi mudanças notáveis no transporte. Aumentou o número de alunos, e isso deveria ter ocasionado na redução do valor da mensalidade”, disse.


Para os estudantes a prefeitura poderia ajudar concedendo a gratuidade

A reportagem indagou a Aetub e a Prefeitura de Bertioga (foto) e ambas responderam as questões acerca do transporte de estudantes. As respostas da administração municipal seguem abaixo.

EL - Qual é o valor e forma de repasse (mensal, anual) que a Prefeitura de Bertioga repassa para a AETUB?

Prefeitura - Em 2023 - R$ 2.031.335,70, sendo R$ 92.446,68 referente à queda de barreira da rodovia Mogi-Bertioga. E em 2024, R$: 196.251,15 (mensalmente).

EL - A AETUB tem de noticiar a Prefeitura de Bertioga sobre a aplicação desse subsídio, ou seja, que está pagando a empresa contratada para a realização do serviço?

Prefeitura - A Prefeitura de Bertioga custeia 54% das despesas exclusivas com transporte dos alunos. E mensalmente a entidade deve prestar contas do dinheiro aplicado exclusivamente com transporte (empresa prestadora de transporte público)

EL - Existe algum impasse financeiro entre a AETUB e a Prefeitura de Bertioga?

Prefeitura - Nenhum impasse entre a entidade e a prefeitura. Atualmente é repassado à AETUB o valor de R$: 196.251,15 mensalmente. E, a prefeitura está em dia com os repasses, compreendendo a necessidade dos estudantes associados a entidade.

EL - Os estudantes citam que a exemplo da Prefeitura de São Sebastião, que paga integralmente o transporte de estudantes universitários sebastianenses, a Prefeitura de Bertioga também poderia pagar de forma integral o transporte de estudantes universitários bertioguenses. Por que a Prefeitura de Bertioga não adota a mesma postura da cidade vizinha nessa questão estudantil?

Prefeitura - Neste quesito, a prefeitura deverá analisar as condições da legislação igente, considerando as especificidades do ensino superior.

Associação dos estudantes - Em nota a Aetub respondeu que possui um convênio com a Prefeitura de Bertioga, devido a este convênio, é repassado mensalmente para a Aetub R$196.251,15 fixos de fevereiro a dezembro. Se a Associação atender 300 ou 500 associados, este valor repassado será o mesmo independente da quantidade de associados.

Todos os meses é prestado contas para a Prefeitura de Bertioga e para Secretaria de Educação de Bertioga para demonstrar para qual finalidade e para onde está indo o dinheiro que é repassado por eles.

A Aetub diz que até o momento não há nenhum impasse financeiro entre a entidade e a Prefeitura de Bertioga.

A entidade estudantil revela que desde o ano de 2001, é feita de forma parcial a ajuda aos estudantes, e que a prefeitura até o momento não demonstrou interesse em realizar o pagamento integral da nota fiscal referente ao transporte universitário de nossos associados.

Diz ainda que todo o ano são feitos diversos pedidos de aumento deste repasse, pois tem um aumento semestral de interessados em fazer o uso do transporte, mas nunca obtiveram sucesso, o único aumento que é repassado para a Associação é referente ao IPCA.

Neste primeiro semestre de 2024, devido à alta demanda de estudantes a Diretoria viu necessário a ampliação de algumas linhas e criação de novas linhas, pois terminou o segundo semestre de 2023 com 361 associados, e atualmente neste primeiro semestre conta com 429 associados, sendo: Guarujá - Noturno – 24 Associados. Mogi das Cruzes – Noturno – 185 Associados. Santos – Matutino – 46 Associados. Santos – Noturno – 174 Associados.

Todas essas cidades são divididas em 10 Linhas, sendo: Guarujá Noturno – Linha 01. Santos Noturno – Linhas 02, 03, 07 e 09. Santos Matutino – Linha 08. Mogi das Cruzes Noturno – Linhas 04, 05, 06 e 10.

A Aetub finaliza informando que é uma associação sem fins lucrativos, administrada por associados que foram eleitos por votação e que busca prestar assistência da forma mais rápida e ágil possível.


sábado, 16 de março de 2024

Matheus Rodrigues é recebido em grande estilo no Republicanos

O pré-candidato a prefeito de Bertioga se filiou ao partido nesta sexta (15), a filiação aconteceu em SP 

Walmir Barros


LIDERANÇAS - Matheus Rodrigues com o deputado federal Marcos Pereira e a ficha de filiação, em pé o deputado estadual Roberto Carneiro
 

O vereador e pré-candidato a prefeito de Bertioga, Matheus Rodrigues, assinou na tarde desta sexta-feira (15) a sua ficha de filiação no Republicanos, durante evento realizado na sede do Diretório Estadual do partido, em São Paulo.


Na sua filiação, Matheus Rodrigues que passa a pertencer aos quadros de expressão do partido foi recepcionado pelo deputado federal Marcos Pereira, que é o presidente nacional do Republicanos e detém o cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados, e também Roberto Carneiro, que é presidente estadual do Republicanos.


Matheus Rodrigues, que vem aumentando sua base eleitoral e número de apoiadores na cidade, ao assinar sua filiação no partido fortalece a legenda, hoje bem representada no Estado de São Paulo, pelo governador Tarcísio de Freitas, também membro do Republicanos. 


“O próprio governador Tarcísio sabe que teremos candidatura própria ao executivo de Bertioga”, reforçam os dirigentes da sigla, que enxergam em Matheus Rodrigues um jovem e experiente político. Muito bem preparado e que tem as melhores intenções e projetos para a cidade. Entendemos que ele deve ser o próximo prefeito de Bertioga, por isso tivemos muitas conversas e fizemos o convite para ele fazer parte do Republicanos”, disse o presidente estadual.




AGORA É 10: Matheus Rodrigues, pré-candidato a prefeito de Bertioga e a nova sigla partidária


Além do aceno de positivo do governador Tarcísio de Freitas, que fez questão da entrada de Matheus Rodrigues no Republicanos, o pré-candidato a prefeito de Bertioga conta com o forte apoio dos deputados federais Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Maurício Neves (PP), e também dos deputados estaduais Paulo Corrêa Júnior (PSD), Caio França (PSB), Thiago Auricchio (PL) e Rui Alves (Republicanos). 


O vereador entra no Republicanos e se despede de seu antigo partido agradecendo a todos os ex-correligionários, que o ajudaram a realizar trabalhos relevantes em prol da população bertioguense e da Cidade de Bertioga, por meio de sua atuação na Câmara Municipal de Bertioga. Matheus Rodrigues reafirma que a ação política incansável segue até o final de seu mandato de parlamentar, e tende a ter um novo curso após o término dele se assim for a vontade de Deus e da população.