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Funcionalismo municipal de Mogi das Cruzes em estado greve

Adesão da categoria foi parcial, e o Sindicato "chama" a prefeitura para a mesa de negociação


Servidores em assembleia rejeitam proposta da prefeitura

Os servidores públicos municipais de Mogi das Cruzes (SP) estão em estado de greve desde a última segunda-feira (11), após a realização de uma assembleia onde rejeitaram a proposta lançada pela Prefeitura de Mogi referente a data-base da categoria. A administração municipal propôs reajuste salarial de 3,15%, o que deixou o funcionalismo mogiano em pé de guerra, pois a pauta deles é extensa.  


“Além de 3,15% que os servidores têm garantido pelo artigo 37, inciso X, foi sugerido dividir em duas vezes os 5,64% que a categoria tem de perdas, em razão da lei complementar 173. Pagando 3,5% agora e 2,14% em janeiro.  Iniciar a transposição de regime para os mais de 1000 servidores regidos pela CLT”. Também nas reivindicações da categoria constam os pedidos de extensão de benefícios como o vale-alimentação, fracionamento do vale-refeição e reposição inflacionária.  


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes e Guararema (Sintap), Paulo Ricardo Alves Ramalho, 53 anos, o Paulinho, informou que já houve duas reuniões com o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), e o chefe do Executivo usou os encontros só para falar o que já teria feito pela categoria nesses três anos e meio de seu mandato. 


O sindicalista apontou ao prefeito apontando que ainda é possível fazer pelos servidores, como por exemplo atender as reivindicações feitas. “Voltamos a cobrar a valorização da categoria por tudo o que ela entrega para a população mogiana”, pontuou.


Paulinho destacou que Cunha está irredutível quanto a atender as reivindicações, mas acredita que ele possa voltar atrás em sua posição. Para isso, o sindicalista espera  envolver a Câmara Municipal de Mogi nas negociações, com os vereadores da cidade entrando em favor dos servidores públicos.


Conforme o Sindicato, a negativa do prefeito é sustentada na tese de que o orçamento do município é o que impede a realização de uma ‘oferta’ mais atrativa aos servidores. No entanto, os sindicalistas reforçam que a categoria não vai aceitar um acordo inviável, e podem passar do estado de greve para a deflagração da greve. 


Os sindicalistas suspeitam que assessores do prefeito estejam orientando ele a “arrastar” as negociações até o dia 5 de abril, pois a partir desta data por determinação de lei eleitoral gestores públicos ficam impedidos de lançar benefícios à categoria além da reposição salarial. “O que nos deixa com pouco tempo para a negociação e aumenta a necessidade de adesão da categoria para fortalecer o movimento”, explicou Paulinho.  

 

No estado de greve os serviços públicos funcionam com os servidores indo aos seus postos de trabalho e se revezando em participação de passeatas, assembleias de trabalhadores e outros tipos de manifestação. Numa possível deflagração de greve quase todos os funcionários aderem à paralisação total das atividades.


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