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O debate e o grande desafio

Ser honesto reduz um bom número de cestas básicas, deixa uma boa quantia na carteira e o melhor: valoriza as pessoas

Por Aristides Barros

Almir da Exatus: A boa conduta moral não teme o debate

Em pouco mais de uma hora de conversa as falas do contador Almir da Exatus convencem. São diretas, objetivas e enriquecidas com exposições bem traçadas e posições bem definidas sobre o comportamento do político frente aos problemas graves de Bertioga, que afetam de igual forma a população local. A boa conduta moral não teme o debate. Segue parte da conversa.


“Ver a situação sem perguntar o que está acontecendo e fazer com que o problema não aconteça, deixe de acontecer, ou não se repita. Acontecer até pode e ser solucionado deve. Se é imprevisível saber que vai acontecer é possível evitar com ações preventivas. Agora deixar que se repita mostra que o problema é quem foi eleito para trazer a solução”. 


Almir da Exatus “especula” que muitas vezes o que parece ser incompetência seria uma "estratégia" política. Pois, se os problemas deixam de existir também levam com eles a possibilidade de uma reeleição, da continuidade do mandato de um político ou do seu grupo. Então que os problemas sejam mantidos para que os mandatos e governos sobrevivam. É a lógica do ilógico.


É desumano lidar com as pessoas dessa maneira, amarrar elas ao seu próprio sofrimento, “dar” esperanças de que o que não foi feito agora será feito depois. Além de desonesto, mostra algo muito pior: a inexistência de senso de humanidade de quem, erradamente, escolhe trilhar pelo caminho de enganação. 


“A gente vai andando, tropeçando, caindo, levantando e torcendo para que Bertioga acerte o caminho certo, o que é muito trabalhoso. Precisa de determinação, franqueza e honestidade com as pessoas que, por sua vez, precisam ser valorizadas e não precificadas”. 


Porque a mercadoria vendida você compra e é sua. O que é seu você faz o que quiser e quando quiser.


“Mas, pessoas não! Elas não são objetos de posse, são donas de si próprias e é preciso se ter consciência disso, esse é o grande desafio. A gente está caminhando pra isso e vamos chegar ao objetivo desejado. Incentivar a autoestima do cidadão e da cidadã pra que não se rendam aos indecentes, que acham que o dinheiro pode tudo”.


Almir da Exatus finaliza a conversa admitindo sonhar que um dia, independente de condição social, o povo vai se dar conta do valor incalculável que tem, vai ver e saber que sua existência é preciosa demais de forma que dinheiro nenhum do mundo pode pagar. “A vida é inegociável”


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