Andrea da Saúde: humanizar para resgatar o amor dos bertioguenses por Bertioga

A deficiência nos serviços públicos seria o motivo da relação tensa entre a população e a cidade o que geraria um sentimento de desamor por Bertioga

Por Aristides Barros

Andrea da Saúde - A nossa área da saúde está toda sucateada (Foto: Carlos Júnior)

A técnica de laboratório Andrea Maria Pires (PP), a Andrea da Saúde, indicada a vice-prefeita de Matheus Rodrigues (Republicanos), mora em Bertioga há 31 anos. Em 1967, sua família chegou na cidade, Andrea, nascida em 1970, tem raízes sólidas e profundas com Bertioga que a viu criança, adolescente e agora mulher determinada a ajudar a solucionar os graves problemas locais. Em 1994, ingressou no funcionalismo municipal, via concurso público, e há 30 anos trabalha na área da saúde de Bertioga, tendo uma ficha extensa de serviços prestados à cidade e à população.

Andrea da Saúde afirma que vai trabalhar todos os setores da administração avaliando que a deficiência verificada na saúde, também acontece na segurança, educação e outros. “São as áreas que estão piores, que precisam de mais atenção. “As Secretarias não conversam, sem essa conexão uma prejudica a outra, o caos se instala e a população sofre”, destaca .

Antevendo uma possível vitória nas eleições de outubro, ela já direciona o sucesso para ações imediatas de recuperação de todo o sistema público de saúde da cidade, porque o problema não é só o Hospital de Bertioga.

“A nossa área da saúde está toda sucateada, dos equipamentos de trabalho profissional a unidades de atendimento. Os funcionários se sacrificam para fazer o sistema funcionar, são pressionados, maltratados, humilhados e ameaçados caso não consigam. Recebem ordens de quem não sabe o que faz. O estresse é geral, muitos servidores públicos estão afastados devido à pressão psicológica sofrida diariamente, é desumano. O serviço prejudicado afeta o atendimento à população”, fala ilustrando a situação dramática do setor.

“O bom funcionamento dos serviços públicos passa pelo bom tratamento ao funcionalismo municipal, os servidores têm de ser respeitados, valorizados e tratados com humanidade. São eles que movimentam a máquina para a cidade funcionar, precisam ter suas dignidades restabelecidas. Feito isso virão as mudanças benéficas que a cidade precisa e vamos lutar para isso”, pontua.

Ela fez a relação entre a cidade antes e agora. “Bertioga sempre foi solidária, era um lugar onde todos se ajudavam. Hoje as pessoas têm medo porque são perseguidas, ameaçadas e podemos mudar isso. Não percam a esperança porque Bertioga pode mudar sim, a gente vai resgatar o amor da cidade pelas pessoas e o amor das pessoas pela cidade”, finaliza.

Matheus Rodrigues e Andrea da Saúde conquistam a simpatia da população (Foto: Carlos Júnior)

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