quarta-feira, 31 de julho de 2024

Valter Kazuo tem recepção calorosa no Jardim Vicente de Carvalho

Encontro teve descontração, conversa, momento de fé e foi marcado pela certeza de que ele tem o apoio da família bertioguense

Por Aristides Barros


A conversa: as mudanças de que Bertioga precisa

O pré-candidato a vereador de Bertioga, Valter Kazuo (PP), participou nesta segunda-feira (29) de uma reunião na casa da Dona Gicélia e Seu Marinaldo, no Jardim Vicente de Carvalho, também conhecido como Saoc. O encontro contou com a presença de familiares e amigos do casal. 


Valter Kazuo e sua equipe de colaboradores foram recebidos de forma muito calorosa. Essa recepção amistosa tem sido a marca dos eventos onde o pré-candidato é convidado para levar mensagem que é “tornar Bertioga mais humana e saudável e que ela, enquanto cidade, seja o melhor lugar para viver e prosperar”. 


Para isso, a cidade precisa se preocupar com sua população, oferecer aos moradores locais serviços públicos bons e eficientes.


Valter Kazuo e todos os bertioguenses sabem que todas as áreas da administração municipal precisam funcionar bem, o que atualmente não acontece. 


Sem a pretensão de “abraçar o mundo com as mãos” e separando o possível do impossível, ele, de forma simples, falou sobre educação e geração de emprego.


“Ambas as áreas têm de ter atenção seguidas de forte atuação para funcionar bem, visando que o presente e o futuro sejam bons para a população da cidade, que anseia pela melhoria destes dois setores”.


Oração para a cidade conseguir um bom governo

Depois das ideias colocadas e explicadas, e das perguntas respondidas, o diálogo produtivo foi completado com muita descontração entre todos os presentes.

Houve um momento de oração proposto pelo pré-candidato, que além de empresário é pastor evangélico. “Com Deus nos orientando não temos como errar o que Ele nos determina a fazer”, concluiu Valter Kazuo.  

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Calvário de seis anos vivido por Maria do Carmo termina com a morte da servidora pública

Prefeitura de Bertioga reluta indenizar funcionária acidentada durante jornada de trabalho, mas a Justiça já bateu o martelo: “tem de pagar”

Por Aristides Barros

Sobrinho, a filha e o companheiro se despedem da servidora

Os últimos seis anos de vida da servidora pública municipal da Prefeitura de Bertioga, Maria do Carmo Gonçalves de Melo, 70 anos, falecida nesta segunda-feira (22) se resumem na tríade abandono, dor e sofrimento.

Abandono por parte da Prefeitura de Bertioga pela falta de assistência a ela. Dor e sofrimento porque desde o acidente, ocorrido em 2018, passou a viver em cima de uma cama em razão do corpo alquebrado pelos vários ferimentos, o que foi agravado pela amputação da perna direita.

Maria do Carmo era a auxiliar de enfermagem que constou entre as dezenas de vítimas de um violento acidente envolvendo três veículos, ocorrido em junho de 2018, na rodovia Rio-Santos.

O Portal de Notícias G1 repercutiu o acidente leia em  Acidente deixa três mortos e pacientes de hemodiálise feridos em SP; vídeo

A tragédia, que teve como saldo três mortos e 12 feridos, incapacitou Maria do Carmo para o trabalho e fez diminuir o seu ganho como funcionária pública municipal concursada, que era em torno de R$ 6 mil e caiu para pouco mais de R$ 1 mil.

A redução salarial foi devido ao “corte” de benefícios oriundos da profissão e dos cerca de 20 anos de prestação de serviço para a prefeitura bertioguense, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bertioga (SSPMB), Jorge Guimarães dos Santos, o Jorjão.

Ele e o advogado Carlos Alberto Zambotto, que trabalha para o Sindicato, pontuaram a posição omissa da administração municipal. Sobre o caso, o advogado relatou que a prefeitura teria “jogado” a culpa do ocorrido no motociclista, sendo que este morreu no acidente.

A prefeitura usou esse argumento para “fugir” da indenização a que tinha direito Maria do Carmo, o que não foi aceito pela Justiça. “Agora não cabe mais recurso e a prefeitura vai ter de cumprir a obrigação de indenizar”, revelou o profissional forense. E o líder sindical completou. “Não é porque a dona Maria morreu que eles não vão pagar. Vão ter de pagar sim”, reforçou Jorjão.

Sindicalista diz que prefeitura de de pagar
O advogado começou a trabalhar no Sindicato em 2019 e a movimentar o caso em 2022, quatro anos após o acidente. Ele estranhou que a ocorrência com três mortes e um número expressivo de vítimas estivesse “caindo” no esquecimento. Passou a conversar com Maria do Carmo e ela contou a situação.

Os registros da ocorrência estavam no Palácio da Polícia, em Santos, onde o inquérito já havia sido arquivado e rumou para lá. Zambotto disse ter havido resistência na entrega do documento, mas conseguiu e reabriu o caso.

Ele descortinou o mistério e descobriu que o veículo envolvido no acidente não poderia fazer a remoção de pacientes, pois era destinado apenas ao transporte de medicamentos.

Também apurou que o motorista não era habilitado para trabalhar na remoção de pacientes, e que o mesmo foi demitido após o acidente na Rio-Santos.

E mais, o advogado que defendeu a empresa responsável pelo veículo é funcionário do legislativo bertioguense, que é a Câmara de Bertioga, que por sua vez, recebe recursos da Prefeitura de Bertioga, envolvida diretamente no caso.

A empresa ainda atua na remoção de pacientes e mantém contrato com a administração municipal para o serviço.

Zambotto foi “juntando” os pontos, desatando os nós e, com o cenário mais nítido, retomou o processo, conseguindo recentemente a vitória na Justiça para a servidora pública.

A indenização da prefeitura à atendente de enfermagem inclui danos morais e pensão vitalícia. “O valor a ser pago será reavaliado, porque houve a amputação da perna direita”, falou o advogado. Ele não revelou a quantia.

Para a família, fica a saudade da mulher que viveu para ajudar o próximo

A filha Ana Cristina Gonçalves de Melo, 43 anos, viajou do Rio de Janeiro a Bertioga para o velório da mãe. “Ela não escolheu a profissão por acaso, fazia de tudo para ajudar o próximo, tanto que no momento mais traumatizante de sua vida ela estava junto de ‘seus’ pacientes”, contou a filha, enaltecendo a história da atendente de enfermagem.

O companheiro de Maria do Carmo, o aposentado Sebastião Marques, 70 anos, disse que ela deixa um vazio imenso e que vai fazer muita falta. “Eu vou continuar vivendo, é o que a gente precisa fazer daqui pra diante, viver com a saudade que ela deixa”, falou. Maria do Carmo e Sebastião viviam juntos já há 31 anos.

O sobrinho José Fagner Leite Gonçalves, 30 anos, entre lágrimas e soluços, mostrava tristeza com a morte da tia. “A forma como ela suportou os últimos anos de vida. Não é fácil ver alguém que trabalhou ajudando os outros ficar na situação que ela ficou, até morrer”.

Dona Maria deixa o companheiro Sebastião Marques e os filhos Luiz Carlos Gonçalves de Melo, 35 anos, Juliana Gonçalves de Melo, 46 anos e Ana Cristina Gonçalves de Melo e quatro netos. A questão financeira "deixada" pela servidora vai ser decidida entre os familiares.

Prefeitura rebate omissão e diz que prestou assistência

Prefeitura recorreu da decisão e Justiça desconsiderou
A reportagem questionou a administração municipal sobre as condições de abandono apontadas pela família de Maria do Carmos e reiteradas pelo sindicalista e pelo advogado do SSPMB. A resposta da Prefeitura de Bertioga segue abaixo.

“Segundo a secretaria de Saúde, Maria do Carmo Gonçalves de Melo era cadastrada no programa Melhor em Casa, recebendo constantes visitas da equipe formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e assistente social.

Durante as visitas, a equipe realiza curativos, aferição de pressão arterial, troca de sondas, coleta de exames laboratoriais e aplicação de vacinas.

A equipe médica também orienta sobre cuidados, banho, locomoção e mudança de posição na cama. Para outros procedimentos médicos, a paciente optava por utilizar serviços do seu convênio médico.

A Pasta ressalta que havia assinado um contrato emergencial para fornecer o serviço de cuidadores domiciliares 24 horas, ainda que não seja oferecido pelo SUS”.

Sobre a apresentação de recurso contra o pedido de indenização para a servidora a administração completa. “Com relação ao citado recurso, deve ser esclarecido que as decisões contrárias à Administração Pública só produzem efeito depois de confirmadas pelo Tribunal”.

Sobrinho homenageia servidora com palavras carregadas de emoção

A servidora pública Maria do Carmo (Arquivo Pessoal)

O vigilante José Fagner falou no velório de Maria do Carmo destinando a ela palavras fraternais, evidenciando carinho, respeito e reconhecimento pela servidora pública, que, segundo ele, teve grande importância na sua vida e na formação de seu caráter. O texto do sobrinho destinado à tia segue na íntegra.

“Hoje infelizmente me despeço da senhora. Não é o que queríamos mas toda batalha chega ao fim. Em cada dificuldade e momentos de pressão, você sempre foi forte e ensinou a todos nós ver o lado bom das coisas.

Agora no final da sua trajetória mais uma vez eu aprendi. Aprendi o verdadeiro significado do amor, o Tião (seu esposo) nesses 6 anos de luta sequer pensou em soltar sua mão, dedicou noites e noites sem dormir para estar ao seu lado, sorriu nos momentos em que a senhora brava chingava ele, sabendo que no fundo também era uma forma de demonstrar seu amor.

Sou grato a Deus por ter acompanhado esses 31 anos de vocês juntos.

Com vocês dois vi o real sentido do, “Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo fiel em todos os dias de vida, até que a morte os separe”.

Entre erros e acertos o amor prevaleceu. Obrigado a vocês dois.

Aprendi também que (você só é bom enquanto é útil a algo ou a alguém). Aprendi que palavras, promessas etc, o vento leva e se cai em esquecimento. Aprendi que não devemos confiar em contratos de trabalho, cargos, políticos, empresários e principalmente não devemos confiar na lei do homem, pois sim, ela é falha, e falharam muito com a senhora.

Mas, tem uma justiça que nunca falhou e nem falhará, que é a justiça de Deus, a justiça do nosso Senhor Jesus Cristo e essa tenho certeza absoluta que é justa e verdadeira e que jamais falhará. (Algumas coisas passaram despercebidas aos olhos da justiça aqui na terra), mas na de Deus jamais.

Acidentada trabalhando, dedicada a cuidar de pessoas em momentos vulneráveis com muito amor e carinho. Ótima, profissional, mãe, avó, tia, amiga querida.

Éh! Dona Maria do Carmo, obrigado, obrigado por ser tão forte e tão intensa nesses seus quase 70 anos de vida.

Obrigado por tantas horas dentro do hospital, dentro de uma ambulância socorrendo pessoas, sendo colocada em risco para no final do dia ainda ter forças para fazer uma mamadeira bem quentinha para mim e meus irmãos. Obrigado por prover muitas vezes nosso alimento.

Por matar um leão por dia nessa profissão tão linda e ao mesmo tempo tão ingrata. Mas que a senhora amava fazer e tanto que dedicou a sua vida...

Do fundo do meu coração, muito obrigado, muito obrigado mesmo seu legado de garra será sempre seguido!

Um grande beijo e descanse em paz na presença do nosso Senhor Jesus Cristo”.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Valter Kazuo fala sobre religião, política, política partidária e trabalho

Púlpito de igreja não é palanque político e fiéis não podem ser usados como cabos eleitorais

Por Aristides Barros


O virtual candidato falou de temas fortes

O pré-candidato a vereador por Bertioga, Valter Kazuo (PP), participa dos bastidores da política desde os 19 anos de idade.

Viu políticos subirem, caírem e também teve atritos e decepções com alguns deles. Uma situação muitas vezes repetida, que ninguém está, ou é, imune.

No entanto, sabe separar o joio do trigo o que expõe rebatendo opiniões de que por “serem iguais” todos políticos vão para a mesma cova.

“Generalizar é injusto e o sepultamento coletivo joga na vala comum o político e a política. A sociedade precisa dos dois para seguir em frente, é importante fazer a escolha certa, obedecer a consciência”, avisa.

Hoje aos 47 anos e a vasta experiência distingue bem o bom do mau. Resume a maldade política em uma palavra: descaso, que é uma das principais características do mandatário ruim.

No começo destrata uma pessoa, depois um grupo de pessoas e depois uma população inteira. “Dói no coração, ver que para uma pessoa as outras são só um número”, protesta.

A sua política tem outro roteiro. “O que para eles são números para mim são vidas, o humanismo acima de tudo”, defende. “Temos de tratar a todos de forma digna, quem destrata o seu próximo mostra não ter dignidade”, pontua.

Cita princípios cristãos para justificar o que entende ser o comportamento certo. “Venha do jeito que está o meu fardo é leve e eu te aliviarei”.

O tom religioso revela que o pré-candidato é evangélico. Lidera a Igreja Pentecostal Águas da Fonte, é adepto da religião há 15 anos e há 10 anos é pastor.

Política e religião devem ser mantidas distantes uma da outra

"Não é bom colocar religião e política lado a lado"

Valter Kazuo enfatiza que a política está em tudo. “A bíblia fala de política, José foi ‘levantado’ a governador do Egito por ser um grande homem. Outros governadores foram levantados para ajudar o povo, e as suas cidades prosperaram. Mas, quando paravam de ajudar e se voltavam para seus prazeres, o império caía”.

O relato se parece uma versão atual do político “levantado” que ao cair arruína a cidade e a sua população.

Com base nessas quedas é que ele se posiciona contra o movimento da política partidária para dentro da religião, e alerta.

“Têm muitos fariseus no meio dos cristãos”, e completa. “Política partidária e religião não se casam e quando se casam provocam grandes separações”.

O pré-candidato tem propriedade sobre o assunto haja vista estar prestes a ser Juiz de Paz, realizador da união entre homens e mulheres em casamentos civis e religiosos.

O cargo vem após conclusão e certificado do curso, oficialmente reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Pré-candidato teve a união da família para trabalhar por Bertioga

Local ajudou muito a cidade - Foto: PMB/Diego Bachiéga

Morador de Bertioga há 27 anos, Valter Kazuo tem importantes serviços prestados à cidade. Entre eles aparece como um dos idealizadores do Espaço Cidadão/Centro, iniciativa que ajudou a profissionalizar dezenas de bertioguenses e possibilitou a outras dezenas conseguir o próprio empreendimento, por meio de cursos oferecidos no local.

Ele trabalhou diretamente na construção do primeiro Espaço Cidadão, e depois junto aos familiares - pai, mãe e irmãos - se uniram nas obras do Espaço Cidadão/Boracéia.

"Na época, o então prefeito Orlandini reconheceu o meu empenho e dos meus familiares na realização do projeto”, lembra. “A minha família se voluntariou para nos ajudar”, revela.

“As duas unidades do Espaço Cidadão ajudaram mais de 200 pessoas a crescer profissionalmente e melhorar suas vidas. Educar possibilita dignidade”, afirma o pré-candidato.

A família ter se voluntariado para o trabalho marca o perfil das pessoas da Terra do Sol Nascente. Os nipônicos se ajudam nos momentos de grande precisão, seja em catástrofes ou em obras em favor de suas comunidades.

Valter Kazuo sentiu de perto esses laços de solidariedade ao trabalhar por três anos no Japão. “Tudo é feito com disciplina, caráter e respeito, tudo muito rigoroso. As pessoas correm e fazem o que tem de ser feito”, admira.

“A experiência enriqueceu bastante o meu amadurecimento e minha forma de trabalhar”, admite.

“Me reeducou nas escolhas a serem feitas, nas coisas necessárias e que precisamos e temos de fazer bem feitas. É isso que me proponho, fazer o que tem de ser feito”, reforça ele que pauta a educação e geração de empregos como muito necessárias na vida dos bertioguenses.

Existem poucas escolas estaduais e o número de estudantes é muito grande


Cidade enfrenta "escassez" de escolas

Valter Kazuo insiste que o Estado tem de construir mais escolas em Bertioga. A falta delas traz problemas a muitas famílias, obriga pais e mães cujos filhos passam do ensino básico para o médio a matriculá-los em escolas distantes do bairro.

Um exemplo é a própria Vista Linda, onde ele mora e a maioria dos estudantes “acaba” sendo transferida para "fora", porque a única escola estadual do bairro tem de abrigar alunos que também saem de localidades distantes, o que “estica” mais o impasse estudantil.

“Isso tudo porque o número de escolas estaduais é insuficiente para a grande demanda de estudantes”, reconhece o pré-candidato que abordou a problemática.

“Preocupa os ônibus lotados de estudantes trafegando pela rodovia Rio-Santos, preocupa o horário que voltam para casa, devido ao problema de segurança da cidade. Os políticos não têm essas preocupações, se tivessem ao menos iriam tentar solucionar a situação, que aflige pais e mães de alunos”, reclama.

Ele aponta que os vereadores e o prefeito poderiam procurar os deputados que ajudaram a eleger, e pedir a eles que buscassem a solução junto ao governador.

“Se limitam a culpar o Estado porque é mais fácil jogar a culpa nos outros, com isso o problema vai aumentando”, lamenta.

“Já falamos do descaso com as pessoas, elas estão cansadas de serem tratadas assim”, acredita e faz um apelo. “Bertioga precisa tirar os omissos e colocar pessoas dispostas ao trabalho”, conclui.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

"A juventude precisa participar da política, o distanciamento só aumenta os problemas dos jovens"

O comunicador Nathan Neves está acostumado a “entrar” em situações, movimentos e causas, onde o apoio aos bertioguenses e à cidade é indispensável    

Por Aristides Barros


Matheus Rodrigues (esq) e Nathan Neves e a juventude

Nos seus 21 anos de idade, Nathan Neves já se envolveu em vários enfrentamentos com o poder público local.


Isso lhe rendeu processo e a inimizade de gente sem amigos e que quando "sente" falta deles os compra, como quem vai à quitanda.


Nome aos bois não precisa, a cidade de Bertioga e o pasto são pequenos, mas a grana é farta e não falta.


Nathan não se vende e nem se rende. Idealista, sabe que tem muitas lutas pela frente. A frase até poderia servir de slogan para as Eleições Municipais de Outubro onde ele iria concorrer a uma vaga na Câmara Municipal de Bertioga, pelo Avante.


Todavia, um projeto anterior à pretensão política mais o contrapeso de algumas questões burocráticas o tiraram da disputa.


A Lei Eleitoral impede virtuais candidatos de estarem à frente de projetos comunitários, e como já havia compromisso com moradores do bairro Maitinga, para onde se destina o projeto, foi fiel ao bairro e abriu mão da candidatura.  


“Ainda tenho muitas outras eleições pela frente”, sinaliza, evidenciando a intenção de participar futuramente em outros pleitos políticos partidários.


Saiu da disputa e continua no grupo político do vereador e pré-candidato a prefeito de Bertioga, Matheus Rodrigues, e que vem arregimentando dia a dia um contingente expressivo de bertioguenses, que marcham por uma cidade justa e boa para todos.


“Eu acredito que Bertioga vai avançar muito com o nosso pré-candidato a prefeito tendo êxito nas eleições”, reforça o jovem Nathan Neves.


Ele destaca que a juventude precisa participar da política para cobrar fortemente a realização de políticas públicas para ela. 


O distanciamento do poder público que não procura saber das necessidades dos jovens - que por isso acaba se afastando da política e só pensa em “curtir o presente” como se não houvesse o amanhã - colabora para o cenário desolador.


“A juventude se perdendo no álcool e nas drogas ao som de pancadões que varam as noites na cidade”, lamenta.


INAÇÃO E REAÇÃO 


Distanciamento e afastamento entre o “novo e o velho” representam a construção de uma sociedade sem futuro e perigosa e aos que vivem dentro dela, à espera de que, ao menos, um sopro de esperança faça as coisas entrarem no eixo para melhorar a vida de todos. 


A mudança se faz pela política consensual quando todos podem falar, ouvir e opinar. É a cadência das conversas vantajosas e com o produto final sendo as soluções dos problemas. 


A juventude precisa participar desses debates buscando por meio do diálogo as coisas que lhes faltam. que não é exatamente o som alto dos pancadões.


“Mais que participar do debate, a  juventude precisa ser ouvida e isso não acontece. Sem convite, sem espaço e tratada com indiferença, ela vai aonde é bem acolhida, bem aceita e bem recepcionada”, afirma. 


“Até 2016, último ano da gestão Orlandini, a cidade tinha o Conselho Municipal de Juventude (Comjuv), e que ao meu ver parece que está desativado. Já faz anos que eu não vejo a promoção de ações ou trabalhos promovidos por esse órgão”, lembra. O jovem segue falando. “Precisamos que o Comjuv volte para desenvolver políticas públicas que tragam boas perspectivas à juventude bertioguense, e ela precisa participar e reivindicar isso, porque é um direito nosso”.


FÉ E BOAS ESPERANÇAS NO AMANHà


Pontuando situações um tanto reveladoras acerca do que preenche o vazio da juventude bertioguense, politicamente apartada de temas onde ela seria a solução e não problema, se  decisões inteligentes e humanas fossem tomadas, Nathan volta a falar de eleições municipais. 


“Conheço o Matheus Rodrigues já há um bom tempo. Ele é jovem, embora não tenha a minha idade, e eu acredito que vai dar a devida importância às pautas da juventude. Porque nós, os jovens, estaremos num futuro bem próximo ocupando os espaços políticos da cidade de Bertioga”, prevê. 


Nathan Neves continua. “Tudo o que for bem feito e bem pensado hoje para a juventude vai refletir na forma de como ela vai futuramente oferecer à nossa cidade, como iremos tratar as nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos e os nossos idosos, destinando a eles atenção e políticas públicas, o que não aconteceu em nenhum momento nesses últimos anos”, conclui.